27.7.06

Cada uma que acontece...
Estava eu, andando tranqüilamente em meio a multidão das 6 da tarde na Avenida Paulista, quando de repente alguém para bem na minha direção e se vira bruscamente. Era uma moça de cabelos castanhos, não muito alta. Por pouco evitei um encontrão. Não se para desse jeito no meio de tanta gente. Minha bolsa esbarrou levemente no seu braço. Levantei os olhos e ela olhava na minha direção. Sua expressão não revelava emoção nenhuma. Olhei para ela esperando um pedido de desculpas. Ela olhou para mim e num rápido movimento com os braços me atirou o conteúdo de uma garrafinha de água que segurava em suas mãos. Sorte que a garrafa não estava cheia. Chamei ela de maluca e fiquei lá parado, com a camisa molhada.. Ela saiu andando, brava. As outras pessoas passavam sem entender nada.

17.7.06

Era um rapaz com pouco mais de 20 anos. Depois de 6 meses vivendo na metrópole, ele finalmente decide visitar sua mãe no interior. A volta foi na madrugada de domingo para segunda, eram 5 da manhã quando ele desceu da rodoviária, tão vazia quanto a estação de metrô que ainda iniciava suas atividades.

Na saída da estação, a mala pesada já incomodava o ombro. Eram apenas 3 quadras até o prédio e logo ele estaria em sua cama. Antes do final do segundo quarteirão, dois homens se aproximaram:

- Dá um real aí maluco! Vamo lá, dá uma força ae.

- Poxa companheiro, se me desculpa, mas to sem um tostão.

Ele mostra os bolsos vazios enquanto pensa nos 50 reais dentro de sua carteira, estrategicamente colocada no bolso da jaqueta.

- Não vem com história não! Eu e meu irmão aqui somos ex-presidiários e tamos tentando levar a vida do jeito certo, agente só quer um real maluco!

- Meu, to ligado, mas te juro, to totalmente zerado!

- Escuta aqui mano, meu irmão aqui ta armado. Mostra a porra da carteira antes que ele faça alguma besteira!

- Tá bom, tá bom, a carteira tá aqui.

Um pensamento passa pela sua cabeça: “eu também estou armado”! Ele trazia na mala o presente que sua namorada havia dado no seu último aniversário: uma pequena espada japonesa, afiada pelo avô dela. Suas mãos vão até o bolso da mala.

- Péra só um pouco, vou pegar a carteira, tá aqui dentro da mala.

Os dois estão bem perto. Sua mão sente o frio do cabo da espada dentro da mala. Com um movimento rápido, a espada atinge o sujeito que supostamente estava armado. A lâmina pega direto no braço esquerdo. Em seguida, outro golpe. Esse pega de raspão no peito do outro. O sangue espirra em sua camiseta.

- Caralho! Filho da mãe! Olha o que você fez! – Grita um deles enquanto se afasta assustado. Eles não esperavam uma reação.

- O cara ta com uma espada, pega ele!

É a última coisa que ele escuta enquanto corre em direção a uma rua escura, no caminho para seu apartamento. “O que eu fiz?” – é o pensamento que não sai de sua cabeça.

Com a mancha de sangue escondida pela jaqueta e a espada de volta na mala, ele passa rapidamente pelo porteiro. “O que eu fiz?”, pensa mais uma vez antes de pegar no sono.

O calor do meio dia o faz acordar suado. A lembrança da noite anterior parece uma sombra em sua cabeça. O rapaz se levanta e vai em direção a sua mala. A espada está lá, intacta. Ele olha para o lado e observa sua carteira jogada em cima da mesa, vazia.

12.7.06

Syd Barret parte desta para melhor

Ontem foi um dia triste para a história do rock and roll. O nome mais importante do Pink Floyd (apesar da pouca popularidade), Syd Barret, deixou definitivamente o nosso mundo. Ele tinha 60 anos e vivia com a família em um sítio no interior dos Estados Unidos.

8.7.06

Não é fácil passar o aniversário longe dos amigos... mas é muito bom saber que eles estão todos por aí (graças ao orkut) e qualquer dia desses vamos estar todos juntos de novo!

Muitos abraços para todo mundo!

6.7.06

Conpanhia Pan-Americana - Copan

Os investidores da Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo foram os idealizadores do projeto do Maciço Turístico Copan. Em 1952, começou a obra que pretendia reunir os serviços de Hotel, com 600 apartamentos, salões, restaurantes, lojas, teatro, cinema, garagem, lavanderia e um jardim, além de uma área residencial com 900 apartamentos. O objetivo era transformar a região em uma área com vida social ativa e estimular o comércio de mercadorias finas.

Oscar Niemeyer foi quem concebeu o projeto, mas abandonou-o antes do início da obra, sem razões aparentes. Inspirado no modelo do Rockfeller Center, nos Estados Unidos, o Copan segue uma linha de urbanismo da época, em que a proposta era integrar espaços de comércio, lazer e serviços com áreas residenciais.

Hoje o prédio é dividido entre uma área comercial, com cerca de 20 estabelecimentos e uma área residencial com 1.160 apartamentos e aproximadamente 5.000 moradores. Onde era o antigo cinema, hoje funciona uma igreja.
O Copan é protegido por uma lei que impede qualquer transformação na fachada do edifício. Isso significa que o Copan possui “caráter histórico e de excepcional valor artístico, cultural e paisagístico”.

3.7.06

A Copa dos europeus

Minhas poucas previsões para a Copa foram um fiasco. A eliminação da Seleção Brasileira nas quartas de final, mais uma vez diante dos franceses, derrubou o principal favorito ao título. O pior é que não foi só isso, mais uma vez fomos humilhados pela Seleção Francesa do verdadeiro craque: Zinedine Zidane.

É interessante ver como até a semana passada a Copa do Mundo era um ótimo assunto para qualquer momento e qualquer tipo de situação. Agora o constrangimento fica evidente sempre que o assunto é futebol.

O que resta é torcer pelo único time que ainda não levantou a taça (Portugal, do Felipão) e esperar que essa velha guarda dos jogadores do Brasil permita uma renovação de verdade na equipe.

O ponto positivo de tudo isso é que podemos retomar a vida (que parou pra ver a Copa) e voltar e se preocupar com o que realmente interessa: como será que anda o meu Coringão?

E como já foi dito em 98: Que “zidane” a Seleção Brasileira!