9.6.06

Ministério pretende regulamentar o Turismo de Aventura

Trilhas, caminhadas, escaladas e outros passeios por lugares afastados da cidade são algumas das opções do chamado Turismo de Aventura. Um segmento que a cada dia conquista mais espaço no mercado internacional. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), o setor cresceu 20% só no ano passado.

No Brasil, são aproximadamente 2.700 empresas que oferecem este tipo de serviço. Mas esse número poderia ser muito maior. “O Brasil não faz parte dos roteiros internacionais de Turismo de Aventura”, explica Felipe Aragão Jr., um dos representantes da Associação Brasileira de Empresas de Turismo de Aventura (ABETA).

Devido à sua distribuição territorial, o Brasil possui grande potencial para a exploração do Turismo de Aventura, mas o setor não possui uma regulamentação que possa garantir a segurança e a qualidade dos serviços para o turista. Com o objetivo de solucionar esse problema, o Ministério do Turismo, em parceria com a ABETA pretendem desenvolver um conjunto de normas técnicas e criar um padrão de qualidade para o Turismo de Aventura no Brasil.

“O Turismo de aventura no Brasil ainda sofre com um problema conceitual, é importante diferenciar esse segmento do turismo dos chamados esportes radicais, o Turismo de Aventura não tem nada de radical, é um passeio para ser feito com conforto e segurança”, completa Felipe.

O projeto está sendo desenvolvido com o apoio da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) e do INMETRO que definir um conjunto de 19 normas que deve afetar desde guias e condutores até empresários envolvidos com o setor. Ainda não existe um prazo definido para a aprovação definitiva dessa normatização.

A segurança no Turismo de Aventura foi o tema do estande da ABETA no 2º. Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, que foi realizado entre os dias 2 e 6 de junho em São Paulo. Mais informações no site http://www.abeta.com.br/.