O Degustafro, em parceria com restaurantes da cidade, chama a atenção para a presença da comida de origem africana no nosso dia-a-dia
Cuscuz, feijoada, bobó, moqueca, são alguns dos mais famosos entre os pratos típicos da culinária brasileira. Muito mais do que comidas Bahiana ou Mineira - como são conhecidos - esses são alguns exemplos da grande presença da cozinha de origem africana em nosso país. A culinária brasileira representa a resistência da cultura afro-descendente, através da comida. É para chamar a atenção para estes itens tão presentes no cotidiano, que a CONE (Coordenadoria de Assuntos da População Negra) cria o Degustafro.
Alguns dos principais bares e restaurantes da cidade vão inserir em seus cardápios pratos típicos da cultura afro-descendente, para que os clientes possam se aprofundar nos sabores e conhecer um pouco mais da história destas receitas.
Na abertura, o Bufê Comidinhas Especiais, da Chef Ana Góes, propõe uma forma diferente de apresentação da culinária de origem africana. Serão servidas algumas iguarias afro, inseridas em uma roupagem contemporânea. Exemplos desta união são os canapés de vatapá e caruru, além de cocacada mole e doce de banana servidos em tacinhas para licor.
O Degustafro encerra as comemorações do mês da Consciência Negra, dentro do projeto Etnicidades, criado pela CONE, órgão da Prefeitura de São Paulo. O Degustafro foi desenvolvido em parceria com a ABRASEL (Associação dos Bares e Restaurantes de São Paulo) e com o Bufê Comidinhas Especiais.
A relação completa dos restaurantes que participam do Degustafro está no endereço: www.etnicidades.com.br.
5.12.06
Hall 
Salão Nobre29.11.06
22.11.06
Não me canso de dizer como São Paulo é sempre uma surpresa. Ontem, uma terça-feira perdida em uma semana ruim, tive a oportunidade de assistir a um belo concerto da Orquestra Sinfônica da USP, na Sala São Paulo. Fui a convite de uma nova amiga que fiz por estes lados, que fez com que a noite fosse realmente muito divertida. Ela é grande fã de música clássica e não pude deixar de me contagiar com sua alegria e empolgação diante dos violinos, trompas, violoncelos, trompetes, etc. Não sabia que música clássica podia ser tão emocionante.
1.11.06
A fantástica fábrica de chocolate
No caminho até a fábrica, seguindo as pequenas placas pregadas nas árvores que acompanham a estradinha de terra, você acaba pensando: ‘o que será que uma fábrica de chocolate faz aqui por estes lados?’. A resposta é bem simples, foi pensando no clima frio de São Roque (na maior parte do ano), que o casal de engenheiros Adriano e Arali decidiu abrir a Fábrica e Loja de Chocolates Dunluce exatamente naquela região.
Logo na entrada, o estacionamento cercado de árvores e flores já traz um ar de tranquilidade. Ao entrar na loja, o cheiro de chocolate toma conta dos narizes e logo a atenção é voltada para uma bela cascata com chocolate derretido que lembra um chafariz de Willie Wonka.
Na loja, além da prateleira com chocolates, trufas, bobons, pães de mel, alfajores, bonbons, brownies, a parede de vidro permite observar todo o processo de produção de cada uma das delícias oferecidas na loja.A vontade é de experimentar um de cada, mas para evitar a dor de barriga (por exesso de chocolate), escolha a trufa com recheio de laranja ou o bombom com recheio de cereja. Não deixe de esperimentar também os tabletes de chocolate (principalmente o 70% amargo) para sentir o gosto do verdadeiro chocolate, produzido com cacau especialmente selecionado.
Além de produzir o chocolate, a Dunluce também desenvolve equipamento para outros fabricantes possam produzir em pequena escala e aumentar a variedade e a qualidade do chocolate produzido no Brasil.
Não deixe de fazer o ‘Chocotour’ pela fábrica, que conta a história
Logo na entrada, o estacionamento cercado de árvores e flores já traz um ar de tranquilidade. Ao entrar na loja, o cheiro de chocolate toma conta dos narizes e logo a atenção é voltada para uma bela cascata com chocolate derretido que lembra um chafariz de Willie Wonka.
Na loja, além da prateleira com chocolates, trufas, bobons, pães de mel, alfajores, bonbons, brownies, a parede de vidro permite observar todo o processo de produção de cada uma das delícias oferecidas na loja.A vontade é de experimentar um de cada, mas para evitar a dor de barriga (por exesso de chocolate), escolha a trufa com recheio de laranja ou o bombom com recheio de cereja. Não deixe de esperimentar também os tabletes de chocolate (principalmente o 70% amargo) para sentir o gosto do verdadeiro chocolate, produzido com cacau especialmente selecionado.
Além de produzir o chocolate, a Dunluce também desenvolve equipamento para outros fabricantes possam produzir em pequena escala e aumentar a variedade e a qualidade do chocolate produzido no Brasil.
Não deixe de fazer o ‘Chocotour’ pela fábrica, que conta a história
do chocolate desde os tempos dos Incas e Astecas na América Central até os dias de hoje. E mostra passo a passo o processo de produção de chocolate na fábrica, do cacau até às embalagens coloridas. No tour você também passa pela experiência de produzir seu próprio chocolate (que você pode comer ali na hora ou levar pra casa).
Matéria publicada no Guia do Feriado do jornal O Estado de São Paulo em novembro de 2006 (sem edição).
João de Camargo de Sorocaba
Nas religiões africanas, como o Candomblé (de origem nigeriana) e a Umbanda (de origem angolana), existe um grande respeito à figura dos mais velhos. Essas culturas tem como base a tradição oral, onde os conhecimentos são passados de geração em geração, ou seja, dos mais velhos para os mais novos. É dessa tradição que surge no Brasil a figura dos pretos-velhos, como João de Camargo, respeitados e seguidos até mesmo depois de suas mortes.
No início do século XX, em uma época em que os negros não tinham direito a absolutamente nada, João de Camargo foi capaz de reeinvindicar seu espaço dentro de uma sociedade que não reconhecia sua existência. Ex-escravo, ele conseguiu fundar sua própria religião, com base nas raízes africanas e reunir um grande número de seguidores em torno dessa fé. Além disso, ele tinha sua própria banda de música e também uma escola (algo impensável para sua posição social).
Considerado uma afronta ao status vigente, João de Camargo foi muito perseguido pela polícia. Preso inúmeras vezes, conseguiu uma aceitação maior para suas crenças associando a Umbanda ao Espiritismo de Allan Kardec (de origem européia, portanto algo mais aceitável naqueles tempos).Hoje, a Capela de João de Camargo reúne elementos do catolicismo, do espiritismo e da Umbanda e continua a receber fiéis diariamente, não só de Sorocaba, mas também de outras cidades da região. Recentemente ela passou por uma reforma, que acabou mudando algumas de suas características originais, mas que ainda merece uma visita.
No início do século XX, em uma época em que os negros não tinham direito a absolutamente nada, João de Camargo foi capaz de reeinvindicar seu espaço dentro de uma sociedade que não reconhecia sua existência. Ex-escravo, ele conseguiu fundar sua própria religião, com base nas raízes africanas e reunir um grande número de seguidores em torno dessa fé. Além disso, ele tinha sua própria banda de música e também uma escola (algo impensável para sua posição social).
Considerado uma afronta ao status vigente, João de Camargo foi muito perseguido pela polícia. Preso inúmeras vezes, conseguiu uma aceitação maior para suas crenças associando a Umbanda ao Espiritismo de Allan Kardec (de origem européia, portanto algo mais aceitável naqueles tempos).Hoje, a Capela de João de Camargo reúne elementos do catolicismo, do espiritismo e da Umbanda e continua a receber fiéis diariamente, não só de Sorocaba, mas também de outras cidades da região. Recentemente ela passou por uma reforma, que acabou mudando algumas de suas características originais, mas que ainda merece uma visita.
Matéria publicada no Guia do Feriado do Jornal o Estado de São Paulo em novembro de 2006. (sem edição)
Celebração aos mortos
“Oxalá meu Pai,
aceite essa romaria
Seus filhos que moram longe,
não podem vir todo dia”.
Não é todo dia que você pode conhecer de perto os rituais de uma cultura diferente da que você está acostumado a ver no dia-a-dia. Pois no dia de Finados (2) isso pode ser resolvido facilmente, é só dar um pulinho em Sorocaba, a apenas uma hora de São Paulo.Nesta data, o grupo do Centro de Umbanda Pai Chico e Mãe Cambinda sai de Osasco e vai até o Cemitéio da Paz (em Sorocaba) para fazer uma homenagem a João de Camargo, um dos personagens mais importantes da história da cidade.
Com cantorias, hinos aos orixás, atabaques, danças e algumas incorporações espirituais, o grupo liderado por Mãe Cambinda (D. Doroti) e pelo Pai Chico (Sr. João) segue passo a passo uma tradïção que já dura mais de 30 anos. Comidas, bebidas, fumo, flores e velas também fazem parte dessa autêntica expressão da cultura afro-brasileira.
Eles chegam ao cemitério por volta das 11h, quando começa a preparação para o ritual. Ao meio dia, eles iniciam os cumprimentos aos Exus que cuidam do cemitério, caminham até o túmulo de João de Camargo e lá prestam as primeiras homenagens. Depois seguem até o cruzeiro, onde recebem os orixás, caboclos, vaqueiros e pretos-velhos, que ajudam a receber e a aconselhar todos os que estão ali presentes. Encerradas as atividades no cemitério, por volta das 13h30, todos vão até a Capela de João de Camargo onde é realizada uma confraternizãção entre todos os participantes.
Este ritual é uma obrigação religiosa, recebida por D. Doroti em 1975. Desde então eles cumprem regularmente o ritual em homenagem ao preto-velho João de Camargo de Sorocaba.Mesmo quem não compartilha das crenças da Umbanda é sempre muito bem recebido na celebração, que atrai olhares curiosos dos moradores da cidade (já familiarizados com a história), além de pesquisadores (antropólogos e sociólogos) e até turistas de outras cidades.
Matéria publicada no Guia do Feriado, no jornal o Estado de São Paulo em novembro de 2006 (sem edição).
16.10.06
The Simpsons: The Shining
Para quem tem paciência e um conhecimento razoável do Inglês. Vale a pena.
10.10.06
Eu já estava deitado, só esperando o sono chegar. Assim que deitei, percebi que o sono não viria tão rápido. Acabei pesando neste blog, pensei no seu fim. Agora tenho mais o que fazer e já não tenho mais tanto tempo pra ele. Não sei o que aconteceu com minha foto (não consigo concertar aquilo) e ando tendo dificuldade em decidir o que escrever aqui. Cheguei a temer pelo pior. Então eu levantei, olhei a cidade, lá dentro da sua moldura de concreto e mudei de idéia.
Sentei aqui. A luz do monitor incomodou meus olhos, mas eu insisti. Espero que eu não me arrependa disso amanhã.
Sentei aqui. A luz do monitor incomodou meus olhos, mas eu insisti. Espero que eu não me arrependa disso amanhã.
29.8.06
Nos bastidores da política 1
- Hhhmmmmm, este bolinho de chocolate é um delícia!
Geraldo Alckimim, ex-governador e candidato a presidência da república referindo-se a um brownie servido pelo bufê Comidinhas Especiais, pouco antes da gravação de uma entrevista para o Jornal da Globo.
Geraldo Alckimim, ex-governador e candidato a presidência da república referindo-se a um brownie servido pelo bufê Comidinhas Especiais, pouco antes da gravação de uma entrevista para o Jornal da Globo.
27.8.06
Essa é a primeira vez que eu escrevo aqui de dentro da redação do Estadão. Na verdade acho que é a primeira vez que eu escrevo desde que comecei a trabalhar aqui, aos domingos. A cinco semanas, eu faço a tabela que sai na página 2 do caderno de esportes toda segunda-feira. É uma coisa simples, que não exige muito raciocínio, mas é preciso estar sempre atento porque são muitos nomes e números e é muito fácil errar.
Por mais simples que seja, a tabela da segunda é uma das seções mais importantes do jornal. Quem acompanha esporte sabe que é na segunda-feira que são publicadas todas as informações sobre a rodada do final de semana. Tem gente que só lê o jornal para saber o resultado da rodada.
Por mais simples que seja, a tabela da segunda é uma das seções mais importantes do jornal. Quem acompanha esporte sabe que é na segunda-feira que são publicadas todas as informações sobre a rodada do final de semana. Tem gente que só lê o jornal para saber o resultado da rodada.
27.7.06
Cada uma que acontece...
Estava eu, andando tranqüilamente em meio a multidão das 6 da tarde na Avenida Paulista, quando de repente alguém para bem na minha direção e se vira bruscamente. Era uma moça de cabelos castanhos, não muito alta. Por pouco evitei um encontrão. Não se para desse jeito no meio de tanta gente. Minha bolsa esbarrou levemente no seu braço. Levantei os olhos e ela olhava na minha direção. Sua expressão não revelava emoção nenhuma. Olhei para ela esperando um pedido de desculpas. Ela olhou para mim e num rápido movimento com os braços me atirou o conteúdo de uma garrafinha de água que segurava em suas mãos. Sorte que a garrafa não estava cheia. Chamei ela de maluca e fiquei lá parado, com a camisa molhada.. Ela saiu andando, brava. As outras pessoas passavam sem entender nada.
Estava eu, andando tranqüilamente em meio a multidão das 6 da tarde na Avenida Paulista, quando de repente alguém para bem na minha direção e se vira bruscamente. Era uma moça de cabelos castanhos, não muito alta. Por pouco evitei um encontrão. Não se para desse jeito no meio de tanta gente. Minha bolsa esbarrou levemente no seu braço. Levantei os olhos e ela olhava na minha direção. Sua expressão não revelava emoção nenhuma. Olhei para ela esperando um pedido de desculpas. Ela olhou para mim e num rápido movimento com os braços me atirou o conteúdo de uma garrafinha de água que segurava em suas mãos. Sorte que a garrafa não estava cheia. Chamei ela de maluca e fiquei lá parado, com a camisa molhada.. Ela saiu andando, brava. As outras pessoas passavam sem entender nada.
17.7.06
Era um rapaz com pouco mais de 20 anos. Depois de 6 meses vivendo na metrópole, ele finalmente decide visitar sua mãe no interior. A volta foi na madrugada de domingo para segunda, eram 5 da manhã quando ele desceu da rodoviária, tão vazia quanto a estação de metrô que ainda iniciava suas atividades.
Na saída da estação, a mala pesada já incomodava o ombro. Eram apenas 3 quadras até o prédio e logo ele estaria em sua cama. Antes do final do segundo quarteirão, dois homens se aproximaram:
- Dá um real aí maluco! Vamo lá, dá uma força ae.
- Poxa companheiro, se me desculpa, mas to sem um tostão.
Ele mostra os bolsos vazios enquanto pensa nos 50 reais dentro de sua carteira, estrategicamente colocada no bolso da jaqueta.
- Não vem com história não! Eu e meu irmão aqui somos ex-presidiários e tamos tentando levar a vida do jeito certo, agente só quer um real maluco!
- Meu, to ligado, mas te juro, to totalmente zerado!
- Escuta aqui mano, meu irmão aqui ta armado. Mostra a porra da carteira antes que ele faça alguma besteira!
- Tá bom, tá bom, a carteira tá aqui.
Um pensamento passa pela sua cabeça: “eu também estou armado”! Ele trazia na mala o presente que sua namorada havia dado no seu último aniversário: uma pequena espada japonesa, afiada pelo avô dela. Suas mãos vão até o bolso da mala.
- Péra só um pouco, vou pegar a carteira, tá aqui dentro da mala.
Os dois estão bem perto. Sua mão sente o frio do cabo da espada dentro da mala. Com um movimento rápido, a espada atinge o sujeito que supostamente estava armado. A lâmina pega direto no braço esquerdo. Em seguida, outro golpe. Esse pega de raspão no peito do outro. O sangue espirra em sua camiseta.
- Caralho! Filho da mãe! Olha o que você fez! – Grita um deles enquanto se afasta assustado. Eles não esperavam uma reação.
- O cara ta com uma espada, pega ele!
É a última coisa que ele escuta enquanto corre em direção a uma rua escura, no caminho para seu apartamento. “O que eu fiz?” – é o pensamento que não sai de sua cabeça.
Com a mancha de sangue escondida pela jaqueta e a espada de volta na mala, ele passa rapidamente pelo porteiro. “O que eu fiz?”, pensa mais uma vez antes de pegar no sono.
O calor do meio dia o faz acordar suado. A lembrança da noite anterior parece uma sombra em sua cabeça. O rapaz se levanta e vai em direção a sua mala. A espada está lá, intacta. Ele olha para o lado e observa sua carteira jogada em cima da mesa, vazia.
Na saída da estação, a mala pesada já incomodava o ombro. Eram apenas 3 quadras até o prédio e logo ele estaria em sua cama. Antes do final do segundo quarteirão, dois homens se aproximaram:
- Dá um real aí maluco! Vamo lá, dá uma força ae.
- Poxa companheiro, se me desculpa, mas to sem um tostão.
Ele mostra os bolsos vazios enquanto pensa nos 50 reais dentro de sua carteira, estrategicamente colocada no bolso da jaqueta.
- Não vem com história não! Eu e meu irmão aqui somos ex-presidiários e tamos tentando levar a vida do jeito certo, agente só quer um real maluco!
- Meu, to ligado, mas te juro, to totalmente zerado!
- Escuta aqui mano, meu irmão aqui ta armado. Mostra a porra da carteira antes que ele faça alguma besteira!
- Tá bom, tá bom, a carteira tá aqui.
Um pensamento passa pela sua cabeça: “eu também estou armado”! Ele trazia na mala o presente que sua namorada havia dado no seu último aniversário: uma pequena espada japonesa, afiada pelo avô dela. Suas mãos vão até o bolso da mala.
- Péra só um pouco, vou pegar a carteira, tá aqui dentro da mala.
Os dois estão bem perto. Sua mão sente o frio do cabo da espada dentro da mala. Com um movimento rápido, a espada atinge o sujeito que supostamente estava armado. A lâmina pega direto no braço esquerdo. Em seguida, outro golpe. Esse pega de raspão no peito do outro. O sangue espirra em sua camiseta.
- Caralho! Filho da mãe! Olha o que você fez! – Grita um deles enquanto se afasta assustado. Eles não esperavam uma reação.
- O cara ta com uma espada, pega ele!
É a última coisa que ele escuta enquanto corre em direção a uma rua escura, no caminho para seu apartamento. “O que eu fiz?” – é o pensamento que não sai de sua cabeça.
Com a mancha de sangue escondida pela jaqueta e a espada de volta na mala, ele passa rapidamente pelo porteiro. “O que eu fiz?”, pensa mais uma vez antes de pegar no sono.
O calor do meio dia o faz acordar suado. A lembrança da noite anterior parece uma sombra em sua cabeça. O rapaz se levanta e vai em direção a sua mala. A espada está lá, intacta. Ele olha para o lado e observa sua carteira jogada em cima da mesa, vazia.
12.7.06
Syd Barret parte desta para melhor
Ontem foi um dia triste para a história do rock and roll. O nome mais importante do Pink Floyd (apesar da pouca popularidade), Syd Barret, deixou definitivamente o nosso mundo. Ele tinha 60 anos e vivia com a família em um sítio no interior dos Estados Unidos.
8.7.06
6.7.06
Conpanhia Pan-Americana - Copan
Os investidores da Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo foram os idealizadores do projeto do Maciço Turístico Copan. Em 1952, começou a obra que pretendia reunir os serviços de Hotel, com 600 apartamentos, salões, restaurantes, lojas, teatro, cinema, garagem, lavanderia e um jardim, além de uma área residencial com 900 apartamentos. O objetivo era transformar a região em uma área com vida social ativa e estimular o comércio de mercadorias finas.
Oscar Niemeyer foi quem concebeu o projeto, mas abandonou-o antes do início da obra, sem razões aparentes. Inspirado no modelo do Rockfeller Center, nos Estados Unidos, o Copan segue uma linha de urbanismo da época, em que a proposta era integrar espaços de comércio, lazer e serviços com áreas residenciais.
Hoje o prédio é dividido entre uma área comercial, com cerca de 20 estabelecimentos e uma área residencial com 1.160 apartamentos e aproximadamente 5.000 moradores. Onde era o antigo cinema, hoje funciona uma igreja.
O Copan é protegido por uma lei que impede qualquer transformação na fachada do edifício. Isso significa que o Copan possui “caráter histórico e de excepcional valor artístico, cultural e paisagístico”.
Oscar Niemeyer foi quem concebeu o projeto, mas abandonou-o antes do início da obra, sem razões aparentes. Inspirado no modelo do Rockfeller Center, nos Estados Unidos, o Copan segue uma linha de urbanismo da época, em que a proposta era integrar espaços de comércio, lazer e serviços com áreas residenciais.
Hoje o prédio é dividido entre uma área comercial, com cerca de 20 estabelecimentos e uma área residencial com 1.160 apartamentos e aproximadamente 5.000 moradores. Onde era o antigo cinema, hoje funciona uma igreja.
O Copan é protegido por uma lei que impede qualquer transformação na fachada do edifício. Isso significa que o Copan possui “caráter histórico e de excepcional valor artístico, cultural e paisagístico”.
3.7.06
A Copa dos europeus
Minhas poucas previsões para a Copa foram um fiasco. A eliminação da Seleção Brasileira nas quartas de final, mais uma vez diante dos franceses, derrubou o principal favorito ao título. O pior é que não foi só isso, mais uma vez fomos humilhados pela Seleção Francesa do verdadeiro craque: Zinedine Zidane.
É interessante ver como até a semana passada a Copa do Mundo era um ótimo assunto para qualquer momento e qualquer tipo de situação. Agora o constrangimento fica evidente sempre que o assunto é futebol.
O que resta é torcer pelo único time que ainda não levantou a taça (Portugal, do Felipão) e esperar que essa velha guarda dos jogadores do Brasil permita uma renovação de verdade na equipe.
O ponto positivo de tudo isso é que podemos retomar a vida (que parou pra ver a Copa) e voltar e se preocupar com o que realmente interessa: como será que anda o meu Coringão?
E como já foi dito em 98: Que “zidane” a Seleção Brasileira!
É interessante ver como até a semana passada a Copa do Mundo era um ótimo assunto para qualquer momento e qualquer tipo de situação. Agora o constrangimento fica evidente sempre que o assunto é futebol.
O que resta é torcer pelo único time que ainda não levantou a taça (Portugal, do Felipão) e esperar que essa velha guarda dos jogadores do Brasil permita uma renovação de verdade na equipe.
O ponto positivo de tudo isso é que podemos retomar a vida (que parou pra ver a Copa) e voltar e se preocupar com o que realmente interessa: como será que anda o meu Coringão?
E como já foi dito em 98: Que “zidane” a Seleção Brasileira!
29.6.06
A Copa dos grandes
Chegamos às quartas de final da Copa do Mundo da Alemanha. As equipes que começaram a competição e já possuíam uma taça permanecem na disputa. Portugal e Ucrânia são as duas exceções que apenas confirmam a regra: o favoritismo foi determinante na seleção das equipes que chegaram até essa fase.
Argentina x Alemanha, Brasil x França, Inglaterra x Portugal e Itália x Ucrânia são todos (talvez exceto este último) grandes clássicos do futebol mundial que a tempos não se via. Pode até ser que os jogos mantenham o mesmo nível das fases anteriores, mas a emoção estará garantida pela enorme rivalidade presente em cada um dos confrontos.
Se continuar assim, o título está paticamente garantido para o maior de todos os favoritos desde o começo. O Brasil só fica sem a Taça se não quiser e todas as seleções sabem disso. O perigo é que os nossos jogadores já têm tanta coisa...
Argentina x Alemanha, Brasil x França, Inglaterra x Portugal e Itália x Ucrânia são todos (talvez exceto este último) grandes clássicos do futebol mundial que a tempos não se via. Pode até ser que os jogos mantenham o mesmo nível das fases anteriores, mas a emoção estará garantida pela enorme rivalidade presente em cada um dos confrontos.
Se continuar assim, o título está paticamente garantido para o maior de todos os favoritos desde o começo. O Brasil só fica sem a Taça se não quiser e todas as seleções sabem disso. O perigo é que os nossos jogadores já têm tanta coisa...
9.6.06
Ministério pretende regulamentar o Turismo de Aventura
Trilhas, caminhadas, escaladas e outros passeios por lugares afastados da cidade são algumas das opções do chamado Turismo de Aventura. Um segmento que a cada dia conquista mais espaço no mercado internacional. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), o setor cresceu 20% só no ano passado.
No Brasil, são aproximadamente 2.700 empresas que oferecem este tipo de serviço. Mas esse número poderia ser muito maior. “O Brasil não faz parte dos roteiros internacionais de Turismo de Aventura”, explica Felipe Aragão Jr., um dos representantes da Associação Brasileira de Empresas de Turismo de Aventura (ABETA).
Devido à sua distribuição territorial, o Brasil possui grande potencial para a exploração do Turismo de Aventura, mas o setor não possui uma regulamentação que possa garantir a segurança e a qualidade dos serviços para o turista. Com o objetivo de solucionar esse problema, o Ministério do Turismo, em parceria com a ABETA pretendem desenvolver um conjunto de normas técnicas e criar um padrão de qualidade para o Turismo de Aventura no Brasil.
“O Turismo de aventura no Brasil ainda sofre com um problema conceitual, é importante diferenciar esse segmento do turismo dos chamados esportes radicais, o Turismo de Aventura não tem nada de radical, é um passeio para ser feito com conforto e segurança”, completa Felipe.
O projeto está sendo desenvolvido com o apoio da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) e do INMETRO que definir um conjunto de 19 normas que deve afetar desde guias e condutores até empresários envolvidos com o setor. Ainda não existe um prazo definido para a aprovação definitiva dessa normatização.
A segurança no Turismo de Aventura foi o tema do estande da ABETA no 2º. Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, que foi realizado entre os dias 2 e 6 de junho em São Paulo. Mais informações no site http://www.abeta.com.br/.
No Brasil, são aproximadamente 2.700 empresas que oferecem este tipo de serviço. Mas esse número poderia ser muito maior. “O Brasil não faz parte dos roteiros internacionais de Turismo de Aventura”, explica Felipe Aragão Jr., um dos representantes da Associação Brasileira de Empresas de Turismo de Aventura (ABETA).
Devido à sua distribuição territorial, o Brasil possui grande potencial para a exploração do Turismo de Aventura, mas o setor não possui uma regulamentação que possa garantir a segurança e a qualidade dos serviços para o turista. Com o objetivo de solucionar esse problema, o Ministério do Turismo, em parceria com a ABETA pretendem desenvolver um conjunto de normas técnicas e criar um padrão de qualidade para o Turismo de Aventura no Brasil.
“O Turismo de aventura no Brasil ainda sofre com um problema conceitual, é importante diferenciar esse segmento do turismo dos chamados esportes radicais, o Turismo de Aventura não tem nada de radical, é um passeio para ser feito com conforto e segurança”, completa Felipe.
O projeto está sendo desenvolvido com o apoio da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) e do INMETRO que definir um conjunto de 19 normas que deve afetar desde guias e condutores até empresários envolvidos com o setor. Ainda não existe um prazo definido para a aprovação definitiva dessa normatização.
A segurança no Turismo de Aventura foi o tema do estande da ABETA no 2º. Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, que foi realizado entre os dias 2 e 6 de junho em São Paulo. Mais informações no site http://www.abeta.com.br/.
8.6.06
1.6.06
"I'll never get out of this world alive"
Hank Williams é o pricipal nome da música country de todos os tempos. Ele nasceu em uma pequena cidade no Alabama, em 1923. Durante a infância, teve como principal influência um música negro que tocava na rua chamado Rufus Paine e conhecido também como Tee-Tot. Hank nunca mais deixou de lado a influência da música negra.
Ele saiu da escola com 16 anos para se dedicar exclusivamente à música. Sua primeria apresentação no rádio foi em 1936. Nessa época ele tocava com sua banda, os Drifting Cowboys, pelos bares da região. No começo dos anos 40, Hank era um dos maiores sucessos de sua região, sua intensa relação com o ácool também começou a chamar a atenção nessa época. Em 1944, Hank se casou com Audrey Mae Sheppard.
Depois de muitas bebedeiras e sucessos, como "Move it on over", "A long gone daddy" e "Mansion on the hill", Hank lançou "Love sick blues" e alcançou pela primeira vez o topo da lista dos mais ouvidos na época.
No início da década de 50, as coisas já não iam tão bem. Em 1952, se separou da mulher e logo se casou com a jovem Billie Jean Jones. Cada vez mais o álcool e a morfina estavam presentes em sua vida. Pouco depois da noite de ano novo de 1953, Hank foi encontrado morto no banco traseiro de seu Cadillac, à caminho de uma apresentação. Hank Williams deixou este mundo para se tornar uma lenda.
Ele saiu da escola com 16 anos para se dedicar exclusivamente à música. Sua primeria apresentação no rádio foi em 1936. Nessa época ele tocava com sua banda, os Drifting Cowboys, pelos bares da região. No começo dos anos 40, Hank era um dos maiores sucessos de sua região, sua intensa relação com o ácool também começou a chamar a atenção nessa época. Em 1944, Hank se casou com Audrey Mae Sheppard.
Depois de muitas bebedeiras e sucessos, como "Move it on over", "A long gone daddy" e "Mansion on the hill", Hank lançou "Love sick blues" e alcançou pela primeira vez o topo da lista dos mais ouvidos na época.
No início da década de 50, as coisas já não iam tão bem. Em 1952, se separou da mulher e logo se casou com a jovem Billie Jean Jones. Cada vez mais o álcool e a morfina estavam presentes em sua vida. Pouco depois da noite de ano novo de 1953, Hank foi encontrado morto no banco traseiro de seu Cadillac, à caminho de uma apresentação. Hank Williams deixou este mundo para se tornar uma lenda.
31.5.06
Um bufê diferente chega a Vila Mariana
Comidinhas Especiais realiza festas e eventos levando em consideração os gostos pessoais e disponibilidade de orçamento de cada cliente.
Com a intensa rotina que a maioria das pessoas leva hoje em dia, não é fácil arrumar tempo de organizar uma festa para reunir os amigos ou aquele importante evento que reúne os clientes de sua empresa. Para facilitar a vida de quem não tem tempo, é que o Bufê Comidinhas Especiais, da chef Ana Góes, oferece aos clientes a possibilidade de realizar uma comemoração social ou evento empresarial, sem nenhum trabalho.
“A nossa proposta é realizar as festas sob medida para cada cliente, levando em consideração as possibilidades de investimento, o perfil pessoal e as intenções do cliente para aquele evento, sem que ele tenha nenhum trabalho”, explica Ana Góes. “Nós podemos cuidar apenas do serviço de bufê propriamente dito (comida, bebida, material e pessoal para servir), mas também podemos cuidar do local, da decoração, de segurança, de manobrista e qualquer outro detalhe importante para sua festa”, completa a Chef.
O Comidinhas oferece um serviço completo de bufê em domicílio para qualquer tipo de evento. Jantares românticos, festas de aniversário, eventos temáticos, cafés da manhã, almoços, coquetéis, coffe break, brunch, feiras, eventos empresariais, etc. “Nós oferecemos comidas que dão prazer de ver e de saborear, seguindo uma linha da Culinária Contemporânea e do movimento internacional do slow-food, que é um contraponto ao fast-food, tão presente no nosso dia-a-dia" completa Ana.
Um dos principais clientes do Comidinhas Especiais é a TV Globo. O Bufê esteve presente nas duas últimas comemorações do aniversário do ProgramaAção, do apresentador Serginho Groisman e também no último debate entre Marta Suplicy e José Serra para a prefeitura de São Paulo. Outros clientes importantes são: o IBOPE, a Fernandez Mera, a Telefônica, o Instituto Italiano de Cultura, o Pão de Açúcar e outras grandes empresas que atuam na cidade. No último dia 28, o Comidinhas serviu pela segunda vez o bufê para o treinamento de funcionários da grife M. Officer.
Ana Góes se formou em Direito no Mackenzie e depois de trabalhar como advogada em um escritório por 6 anos, decidiu dar uma reviravolta em sua carreira. Ela deixou o Direito para se dedicar a uma de suas grandes paixões: a Gastronomia. “Eu sempre gostei muito de decoração, artesanato e também de cozinhar, então resolvi juntar tudo isso e me dedicar a produção de eventos”, conta a Chef. Para desenvolver melhor a nova atividade, Ana Góes buscou uma nova formação, agora em Gastronomia, naUniversidade Anhembi/Morumbi e se formou no ano passado.
Atualmente, a chef se dedica exclusivamente ao Comidinhas Especiais, que funciona na Rua Caravelas, 350, Vila Mariana. Mais informações pelo telefone: 5575-7195, ou no site: www.comidinhasespeciais.com.br.
Com a intensa rotina que a maioria das pessoas leva hoje em dia, não é fácil arrumar tempo de organizar uma festa para reunir os amigos ou aquele importante evento que reúne os clientes de sua empresa. Para facilitar a vida de quem não tem tempo, é que o Bufê Comidinhas Especiais, da chef Ana Góes, oferece aos clientes a possibilidade de realizar uma comemoração social ou evento empresarial, sem nenhum trabalho.
“A nossa proposta é realizar as festas sob medida para cada cliente, levando em consideração as possibilidades de investimento, o perfil pessoal e as intenções do cliente para aquele evento, sem que ele tenha nenhum trabalho”, explica Ana Góes. “Nós podemos cuidar apenas do serviço de bufê propriamente dito (comida, bebida, material e pessoal para servir), mas também podemos cuidar do local, da decoração, de segurança, de manobrista e qualquer outro detalhe importante para sua festa”, completa a Chef.
O Comidinhas oferece um serviço completo de bufê em domicílio para qualquer tipo de evento. Jantares românticos, festas de aniversário, eventos temáticos, cafés da manhã, almoços, coquetéis, coffe break, brunch, feiras, eventos empresariais, etc. “Nós oferecemos comidas que dão prazer de ver e de saborear, seguindo uma linha da Culinária Contemporânea e do movimento internacional do slow-food, que é um contraponto ao fast-food, tão presente no nosso dia-a-dia" completa Ana.
Um dos principais clientes do Comidinhas Especiais é a TV Globo. O Bufê esteve presente nas duas últimas comemorações do aniversário do ProgramaAção, do apresentador Serginho Groisman e também no último debate entre Marta Suplicy e José Serra para a prefeitura de São Paulo. Outros clientes importantes são: o IBOPE, a Fernandez Mera, a Telefônica, o Instituto Italiano de Cultura, o Pão de Açúcar e outras grandes empresas que atuam na cidade. No último dia 28, o Comidinhas serviu pela segunda vez o bufê para o treinamento de funcionários da grife M. Officer.
Ana Góes se formou em Direito no Mackenzie e depois de trabalhar como advogada em um escritório por 6 anos, decidiu dar uma reviravolta em sua carreira. Ela deixou o Direito para se dedicar a uma de suas grandes paixões: a Gastronomia. “Eu sempre gostei muito de decoração, artesanato e também de cozinhar, então resolvi juntar tudo isso e me dedicar a produção de eventos”, conta a Chef. Para desenvolver melhor a nova atividade, Ana Góes buscou uma nova formação, agora em Gastronomia, naUniversidade Anhembi/Morumbi e se formou no ano passado.
Atualmente, a chef se dedica exclusivamente ao Comidinhas Especiais, que funciona na Rua Caravelas, 350, Vila Mariana. Mais informações pelo telefone: 5575-7195, ou no site: www.comidinhasespeciais.com.br.
23.5.06
Esse fim de semana não foi fácil. No sábado de manhã, Curso de Português para Jornalistas, foi bom retomar o contato com aquelas velhas regrinhas gramaticais. De tarde, um pequeno descanso no quarto de pensão de um amigo na Rua Augusta.
Antes de anoitecer, começa a tão esperada Virada Cultural. Show da Banda Mantiqueira, com o João Bosco, no Vale do Anhangabaú. As 8, começa o Cordel do Fogo Encantado na Praça da Sé. Bons shows, mas melhor ainda eram os lugares onde eles aconteceram. O Centro de São Paulo é um ótimo palco para qualquer tipo de apresentação cultural. Esse belo cenário deveria ser aproveitado mais vezes.
Mais tarde ainda teve o Trio Mocotó e outras bandas, mas nessa altura nada mais era muito claro. Meu celular se foi com a multidão e levou junto o meu humor. Uma pena, o domingo foi um desperdício.
Enquanto isso, jovens eram executados por policiais na periferia da cidade.
Antes de anoitecer, começa a tão esperada Virada Cultural. Show da Banda Mantiqueira, com o João Bosco, no Vale do Anhangabaú. As 8, começa o Cordel do Fogo Encantado na Praça da Sé. Bons shows, mas melhor ainda eram os lugares onde eles aconteceram. O Centro de São Paulo é um ótimo palco para qualquer tipo de apresentação cultural. Esse belo cenário deveria ser aproveitado mais vezes.
Mais tarde ainda teve o Trio Mocotó e outras bandas, mas nessa altura nada mais era muito claro. Meu celular se foi com a multidão e levou junto o meu humor. Uma pena, o domingo foi um desperdício.
Enquanto isso, jovens eram executados por policiais na periferia da cidade.
17.5.06
15.5.06
Guerra civil
Hoje não fui trabalhar. Soube que a cidade estava em guerra e que por isso os ônibus não circulavam. Na televisão e nos jornais, vejo que a cidade já está em guerra à quatro dias. Noite passada eu bem que reparei nos carros cheios de policiais que passavam em alta velocidade, com as sirenes ligadas.
Essa é uma guerra que já não é mais somente entre bandidos e policiais. O tom agressivo do Governo do Estado e dos Órgãos de Segurança Pública é reproduzido e apoiado pela mídia. A população acaba convencida de que a guerra já começou e que a única maneira de resolver o problema é eliminar o inimigo. Cada vez mais, idéias como a da pena de morte e da presença do exército nas ruas, ganham apoio na sociedade.
Quando uma pessoa diz que “tem que matar tudo mesmo”, ela está assumindo o papel do seu adversário. Não importa qual dos dois lados é o certo ou o errado. O que importa é que há uma guerra. Este é o problema que deve ser compreendido e resolvido da melhor maneira possível, sem violência.
Essa é uma guerra que já não é mais somente entre bandidos e policiais. O tom agressivo do Governo do Estado e dos Órgãos de Segurança Pública é reproduzido e apoiado pela mídia. A população acaba convencida de que a guerra já começou e que a única maneira de resolver o problema é eliminar o inimigo. Cada vez mais, idéias como a da pena de morte e da presença do exército nas ruas, ganham apoio na sociedade.
Quando uma pessoa diz que “tem que matar tudo mesmo”, ela está assumindo o papel do seu adversário. Não importa qual dos dois lados é o certo ou o errado. O que importa é que há uma guerra. Este é o problema que deve ser compreendido e resolvido da melhor maneira possível, sem violência.
12.5.06
Paisagem sonora
Praça do Patriarca, centro de São Paulo:
ÓTICAóticaÓTICAóticaÓTIcaÓTica
ótiCAÓTIcaótiCAÓTICAóticaÓTICAótiCAÓTICA....
ÓTICAóticaÓTICAóticaÓTIcaÓTica
ótiCAÓTIcaótiCAÓTICAóticaÓTICAótiCAÓTICA....
10.5.06
La lucha libre
O grande Ted Boy Marino, campeão do Telecatch, da antiga TV Excelsior, participa hoje, às 8 da noite, de um debate sobre o tema, no Centro Cultural São Paulo, na Rua Vergueiro. Outro convidado é o pintor mexicano Felipe Ehrenberg, que tem obras inspiradas na tradicional luta livre mexicana.
Para inspirar a discussão, o Centro Cultural começou a exibir a partir de ontem, uma mostra com filmes da década de 60 e 70, dedicados à luta livre mexicana. Os verdadeiros lutadores mascarados com roupas coloridas estarão em cartaz até o final da semana. O cinema e o debate são de graça.
Entre estes lutadores, El Santo foi o maior de todos. Rodolfo Guzmán Huerta, também conhecido como o Mascarado de Prata, é o herói que defende o mundo de múmias, vampiros, marcianos e outras terríveis ameaças.
Outro destaque de hoje na programação é o filme "Dois na Lona", com Ted Boy Marino e Didi Mocó.
O Centro Cultural São Paulo fica na Rua Vergueiro, 1.000, no Paraíso. Mais informações pelo telefone: 3277-3611.
Programação
dia 10 - quarta
16h - El Santo en el museo de cera.
18h - Santo vs. la invasion de los marcianos.
20h - Debate - Ted Boy Marino e Felipe Ehrenberg.
- Dois na lona, com Ted Boy Marino e Didi Mocó.
dia 11 - quinta
16h - Santo contra las mujeres vampiro.
18h - Santo y Blue Demon vs. Drácula y el Hombre Lobo.
20h - El Santo en el museo de cera.
dia 12 - sexta
16h - Santo en la vinganza de la momia.
18h - Santo contra las mujeres vampiro.
20h - Santo vs. la invasion de los marcianos.
dia 13 - sábado
16h - Santo contra las mujeres vampiro.
18h - El Santo en el museo de cera.
20h - Santo en la venganza de la momia.
dia 14 - domingo
16h - La cabeza vivente.
18h - Dois na lona.
20h - Santo y Blue Demon vs. Drácula y el Hombre Lobo.
Para inspirar a discussão, o Centro Cultural começou a exibir a partir de ontem, uma mostra com filmes da década de 60 e 70, dedicados à luta livre mexicana. Os verdadeiros lutadores mascarados com roupas coloridas estarão em cartaz até o final da semana. O cinema e o debate são de graça.
Entre estes lutadores, El Santo foi o maior de todos. Rodolfo Guzmán Huerta, também conhecido como o Mascarado de Prata, é o herói que defende o mundo de múmias, vampiros, marcianos e outras terríveis ameaças.Outro destaque de hoje na programação é o filme "Dois na Lona", com Ted Boy Marino e Didi Mocó.
O Centro Cultural São Paulo fica na Rua Vergueiro, 1.000, no Paraíso. Mais informações pelo telefone: 3277-3611.
Programação
dia 10 - quarta
16h - El Santo en el museo de cera.
18h - Santo vs. la invasion de los marcianos.
20h - Debate - Ted Boy Marino e Felipe Ehrenberg.
- Dois na lona, com Ted Boy Marino e Didi Mocó.
dia 11 - quinta
16h - Santo contra las mujeres vampiro.
18h - Santo y Blue Demon vs. Drácula y el Hombre Lobo.
20h - El Santo en el museo de cera.
dia 12 - sexta
16h - Santo en la vinganza de la momia.
18h - Santo contra las mujeres vampiro.
20h - Santo vs. la invasion de los marcianos.
dia 13 - sábado
16h - Santo contra las mujeres vampiro.
18h - El Santo en el museo de cera.
20h - Santo en la venganza de la momia.
dia 14 - domingo
16h - La cabeza vivente.
18h - Dois na lona.
20h - Santo y Blue Demon vs. Drácula y el Hombre Lobo.
8.5.06
O sonho acabou
O Corinthians está fora da disputa pela taça Libertadores da Améria. O grande sonho de conquista da torcida alvi-negra foi adiado mais uma vez, depois da derrota para o River Plate, da Argentina, a mesma equipe que eliminou o Corinthians em sua última participação.
A violência da torcida, que tentou invadir o gramado do Pacaembú para agredir os jogadores não deve ser estimulada, mas reflete o sentimento de cada torcedor corinthiano. Além da tristeza e desilusão, o ódio e a raiva também estão presentes. Essa ira é direcionada à dirigentes e jogadores que não tem a dimensão do quanto a Libertadores, ou a falta dela, é fundamental para essa torcida e para a grande equipe que é o Corinthians.
Essa necessidade de conquistar a América, fica ainda mais evidenciada diante da comparação com o São Paulo, grande rival, que já conquistou três vezes o título. A derrota de 3 a 1 para a equipe do Morumbi, no domingo, agravou ainda mais a situação.
Para o Corinthians, resta sonhar com mais uma boa campanha no Campeonato Brasileiro e uma nova tentativa na Libertadores do ano que vem. O problema é saber o que ainda vai sobrar do time até lá...
A violência da torcida, que tentou invadir o gramado do Pacaembú para agredir os jogadores não deve ser estimulada, mas reflete o sentimento de cada torcedor corinthiano. Além da tristeza e desilusão, o ódio e a raiva também estão presentes. Essa ira é direcionada à dirigentes e jogadores que não tem a dimensão do quanto a Libertadores, ou a falta dela, é fundamental para essa torcida e para a grande equipe que é o Corinthians.
Essa necessidade de conquistar a América, fica ainda mais evidenciada diante da comparação com o São Paulo, grande rival, que já conquistou três vezes o título. A derrota de 3 a 1 para a equipe do Morumbi, no domingo, agravou ainda mais a situação.
Para o Corinthians, resta sonhar com mais uma boa campanha no Campeonato Brasileiro e uma nova tentativa na Libertadores do ano que vem. O problema é saber o que ainda vai sobrar do time até lá...
29.4.06
(continuação)
Alguma coisa aconteceu. O fluxo contínuo de pessoas não existe mais. Até os homens-placa saíram de seus lugares. Uma pequena multidão se formou na esquina.
Tavez tenha sido um atropelamento. Existe também uma especulação de que tenha sido uma simples briga. Provavelmente foi um pequeno acidente de trânsito que se transformou em uma briga. Ja dá pra ouvir as sirenes. A polícia e a guarda metropolitana chegaram e a multidão continua no mesmo lugar.
Um homem entra no bar e traz a história verdadeira: "O cara sem camisa tava lá caído no chão. Tentou roubar uma moto que estava, ali, na frente da galeria (do Rock). Eu falo que não é bom mecher com essas motos. Os caras viram e pegaram ele. Tomou um pontapé servido, bem na cara! Só amanhã é que vai sentir mesmo..."
Enquanto isso, ali do lado, umas crianças cheiravam cola e não davam a menor bola pro que estava acontecendo. Aos poucos a multidão foi se dispersando.
Alguma coisa aconteceu. O fluxo contínuo de pessoas não existe mais. Até os homens-placa saíram de seus lugares. Uma pequena multidão se formou na esquina.
Tavez tenha sido um atropelamento. Existe também uma especulação de que tenha sido uma simples briga. Provavelmente foi um pequeno acidente de trânsito que se transformou em uma briga. Ja dá pra ouvir as sirenes. A polícia e a guarda metropolitana chegaram e a multidão continua no mesmo lugar.
Um homem entra no bar e traz a história verdadeira: "O cara sem camisa tava lá caído no chão. Tentou roubar uma moto que estava, ali, na frente da galeria (do Rock). Eu falo que não é bom mecher com essas motos. Os caras viram e pegaram ele. Tomou um pontapé servido, bem na cara! Só amanhã é que vai sentir mesmo..."
Enquanto isso, ali do lado, umas crianças cheiravam cola e não davam a menor bola pro que estava acontecendo. Aos poucos a multidão foi se dispersando.
28.4.06
Na hora do almoço na Avenida São João, mais do que comer, a maioria das pessoas toma cerveja. Outros gastam o tempo livre naquelas maquininhas tipo caça-níqueis, apertando botões e trocando suas notas de até 10 reais, por moedas de 5 a 10 centavos.
Na rua, todos andam na mesma velocidade, exceto os homens-placa, que ficam lá parados, cumprindo o seu papel de placa.
Os prédios antigos, com fachadas clássicas, dividem o espaço com construções modernas, de formatos retangulares. Todos tem um ar ligeiramente decadente. Alguns abrigam pequenos bordéis, que nesse horário, já se preparam para o fim do dia.
Na trilha sonora: Banda Calypso, Creedence, Odair José e Ray Connif dividem o espaço com aquele barulho incessante das maquininhas tipo caça-níqueis.
De repente, uma movimentação interrompe o fluxo contínuo da rua.
(continua)
Na rua, todos andam na mesma velocidade, exceto os homens-placa, que ficam lá parados, cumprindo o seu papel de placa.
Os prédios antigos, com fachadas clássicas, dividem o espaço com construções modernas, de formatos retangulares. Todos tem um ar ligeiramente decadente. Alguns abrigam pequenos bordéis, que nesse horário, já se preparam para o fim do dia.
Na trilha sonora: Banda Calypso, Creedence, Odair José e Ray Connif dividem o espaço com aquele barulho incessante das maquininhas tipo caça-níqueis.
De repente, uma movimentação interrompe o fluxo contínuo da rua.
(continua)
27.4.06
25.4.06
Cine Olido homenageia o Marquës de Sade
Esta semana, o personagem do Cine Olido é o escritor francês Donatien Alphonse François de Sade. O Marquës de Sade, como ficou conhecido, viveu no final do século IIX e começo do IX e teve sua extensa obra marcada pela polemica. Seus textos sempre tratavam de aspectos pouco convencionais da natureza humana e eram considerados uma ofensa à moral daquela sociedade. Isto fez com que Sade passasse mais de 27 anos na prisão, onde escreveu a maior parte de suas obras.
A Galeria Olido fica na Rua São João, 473, no centro de São Paulo. È recomendável à retirada dos ingressos com meia hora de antecedência. Mais informações pelo telefone: 3371-7703.
Programação – Marquës de Sade
Dia 25 – terça
15h – Marquis de Sade, de Gwyneth Gibby.
17h – Justine de Sade, de Claude Pierson.
19h30 – Eugenie de Sade, de Jesus Franco.
Dia 26 – quarta
15h – Romance, de Catherine Breillat.
17h – Contos proibidos do Marquës de Sade, de Philip Kaufman.
19h30 – Sade, de Benoit Jacquot.
Dia 27 – quinta
15h – Marat/Sade, de Peter Brook.
17h – Saló, de Píer Paolo Pasolini.
19h30 – A comilança, de Marco Ferreri.
Dia 28 – sexta
15h – Marquis de Sade: Justine, de Jesus Franco.
17h – De Sade, de Cy Endfield, Roger Corman e Gordon Hessler.
19h30 – Eugenie – the story of her journey into perversion, de Jesus Franco.
Dia 29 – sábado
15h – Diabo no corpo, de Marco Bellochio.
17h – Império dos sentidos, de Nagisa Oshima.
19h30 – Satyricon, de Federico Fellini.
Dia 30 – domingo
17h30 – As idades de Lulu, de Bigas Luna.
(a programação sujeita a alterações)
A Galeria Olido fica na Rua São João, 473, no centro de São Paulo. È recomendável à retirada dos ingressos com meia hora de antecedência. Mais informações pelo telefone: 3371-7703.
Programação – Marquës de Sade
Dia 25 – terça
15h – Marquis de Sade, de Gwyneth Gibby.
17h – Justine de Sade, de Claude Pierson.
19h30 – Eugenie de Sade, de Jesus Franco.
Dia 26 – quarta
15h – Romance, de Catherine Breillat.
17h – Contos proibidos do Marquës de Sade, de Philip Kaufman.
19h30 – Sade, de Benoit Jacquot.
Dia 27 – quinta
15h – Marat/Sade, de Peter Brook.
17h – Saló, de Píer Paolo Pasolini.
19h30 – A comilança, de Marco Ferreri.
Dia 28 – sexta
15h – Marquis de Sade: Justine, de Jesus Franco.
17h – De Sade, de Cy Endfield, Roger Corman e Gordon Hessler.
19h30 – Eugenie – the story of her journey into perversion, de Jesus Franco.
Dia 29 – sábado
15h – Diabo no corpo, de Marco Bellochio.
17h – Império dos sentidos, de Nagisa Oshima.
19h30 – Satyricon, de Federico Fellini.
Dia 30 – domingo
17h30 – As idades de Lulu, de Bigas Luna.
(a programação sujeita a alterações)
24.4.06
O homem de terno bege
Estavam ele e um amigo voltando pra casa depois de uma baladinha agitada no barzinho de sempre. Já era de madrugada. A conversa era animada, graças as Ypiocas que já faziam efeito. A alguns metros, eles percebem um homem com terno bege parado em frente as escadarias de um prédio.
Ele e o amigo se aproximam e são abordados pelo homem de terno bege:
- Ah! Finalmente eu peguei vocês! Vocês são aqueles filhos da puta que andam pulando o muro daquele prédio ali atrás!
- Que é isso que você ta falando?! Não sabemos de prédio nenhum. – responde o amigo.
Então o homem de terno bege tira uma arma e aponta para os dois amigos:
- Não sabem o caralho! Não venham com história pra cima de mim não, eu sei muito bem que foram vocês e agora vocês estão fudidos na minha mão! Vamo andando aí! Senta aí na escada!
- Não, pra que isso, o senhor ta enganado. Nós não sabemos de prédio nenhum. - insistia o amigo.
- Não quero saber. Agora eu peguei vocês. Sentem aí na escada que eu quero resolver essa merda agora mesmo! – ele mantinha a arma apontada para os dois.
Eles obedeceram, sentaram na escada. Não tinha mais ninguém na rua naquele horário. O amigo chorava e tentava argumentar com o sujeito. Ele apenas se mantinha em silencio. A única imagem em sua cabeça era o cano da arma apontada em sua direção. Aquele buraco negro e sem fim parecia que ia sugá-lo para o infinito.
O homem de terno insistia na história do muro, cada vez mais nervoso. A arma já estava encostada na nuca dele, que se mantinha em silencio.
- Confessa logo que foram vocês antes que eu apague o seu amigo aqui! Fala logo caralho!
- Eu não sei de nada! Não sei porque você ta fazendo isso! - o amigo respondia entre lágrimas e medo.
Neste momento, um gol branco com o símbolo da polícia federal se aproxima lentamente. O homem de terno bege se afasta dos dois amigos e entra no carro, que acelera e desaparece na escuridão.
Ele e o amigo se aproximam e são abordados pelo homem de terno bege:
- Ah! Finalmente eu peguei vocês! Vocês são aqueles filhos da puta que andam pulando o muro daquele prédio ali atrás!
- Que é isso que você ta falando?! Não sabemos de prédio nenhum. – responde o amigo.
Então o homem de terno bege tira uma arma e aponta para os dois amigos:
- Não sabem o caralho! Não venham com história pra cima de mim não, eu sei muito bem que foram vocês e agora vocês estão fudidos na minha mão! Vamo andando aí! Senta aí na escada!
- Não, pra que isso, o senhor ta enganado. Nós não sabemos de prédio nenhum. - insistia o amigo.
- Não quero saber. Agora eu peguei vocês. Sentem aí na escada que eu quero resolver essa merda agora mesmo! – ele mantinha a arma apontada para os dois.
Eles obedeceram, sentaram na escada. Não tinha mais ninguém na rua naquele horário. O amigo chorava e tentava argumentar com o sujeito. Ele apenas se mantinha em silencio. A única imagem em sua cabeça era o cano da arma apontada em sua direção. Aquele buraco negro e sem fim parecia que ia sugá-lo para o infinito.
O homem de terno insistia na história do muro, cada vez mais nervoso. A arma já estava encostada na nuca dele, que se mantinha em silencio.
- Confessa logo que foram vocês antes que eu apague o seu amigo aqui! Fala logo caralho!
- Eu não sei de nada! Não sei porque você ta fazendo isso! - o amigo respondia entre lágrimas e medo.
Neste momento, um gol branco com o símbolo da polícia federal se aproxima lentamente. O homem de terno bege se afasta dos dois amigos e entra no carro, que acelera e desaparece na escuridão.
20.4.06
Agora eu sou uma dessas pessoas que tem um celular. Uma gravação com voz de mulher me disse que ele começa a funcionar só amanhã e até lá eu pretendo aprender um pouco mais sobre ele.
Até ontem, eu era uma das poucas pessoas que não tinha celular. Agora eu sou um pouco mais parecido com a maioria das pessoas. Ainda não sei exatamente quais podem ser os efeitos disso, mas como dizia o Bob Dylan, os tempos estão mudando.
O número do celular é: 7661-6917.
Até ontem, eu era uma das poucas pessoas que não tinha celular. Agora eu sou um pouco mais parecido com a maioria das pessoas. Ainda não sei exatamente quais podem ser os efeitos disso, mas como dizia o Bob Dylan, os tempos estão mudando.
O número do celular é: 7661-6917.
19.4.06
Versão para empresas:
O Comidinhas Especiais é um bufê diferente, nossos eventos são produzidos de acordo com o perfil de cada cliente. Comida, bebida e decoração, são desenvolvidas com estilo e elegância, em função das necessidades e levando em conta as possibilidades do cliente. A produção é feita de maneira artesanal e personalizada e foge do padrão dos buffets tradicionais, a partir de uma tendência da culinária contemporânea.
Oferecemos completo serviço de buffet para café da manhã, almoço, jantar, coquetel, coffe-break, brunch e qualquer evento empresarial. Nosso objetivo é levar ao cliente o mais fino e requintado da gastronomia e transformar o seu evento em um acontecimento único e inesquecível.
Gostaríamos de enviar uma pequena amostra para que você possa conhecer os sabores e aromas produzidos em nossa cozinha.
Entre também em nosso site e veja como uma boa comidinha pode agradar também aos olhos.
www.comidinhasespeciais.com.br
Ficaremos felizes em atendê-lo em breve!
Um abraço,
Comidinhas Especiais
O Comidinhas Especiais é um bufê diferente, nossos eventos são produzidos de acordo com o perfil de cada cliente. Comida, bebida e decoração, são desenvolvidas com estilo e elegância, em função das necessidades e levando em conta as possibilidades do cliente. A produção é feita de maneira artesanal e personalizada e foge do padrão dos buffets tradicionais, a partir de uma tendência da culinária contemporânea.
Oferecemos completo serviço de buffet para café da manhã, almoço, jantar, coquetel, coffe-break, brunch e qualquer evento empresarial. Nosso objetivo é levar ao cliente o mais fino e requintado da gastronomia e transformar o seu evento em um acontecimento único e inesquecível.
Gostaríamos de enviar uma pequena amostra para que você possa conhecer os sabores e aromas produzidos em nossa cozinha.
Entre também em nosso site e veja como uma boa comidinha pode agradar também aos olhos.
www.comidinhasespeciais.com.br
Ficaremos felizes em atendê-lo em breve!
Um abraço,
Comidinhas Especiais
18.4.06
Mais cinema de graça na Galeria Olido
O Cine Olido exibe à patir de hoje, uma mostra com filmes raros da Cinemateca Brasileira. Será apresentada uma seleção com filmes estrangeiros pouco conhecidos do público brasileiro e que não foram exibidos pelos cinemas da cidade.
A mostra faz parte da programação do 62º. Congresso da Federação Internacional de Arquivos de Filmes, que começou este mês. No dia 25, começa uma mostra com títulos inspirados no autor francês Marquês de Sade. Na semana passada, foi exibida uma mostra inspirada no Sundance Festival.
A Galeria Olido fica na Rua São João, 473, no centro de São Paulo. È recomendável à retirada dos ingressos com meia hora de antecedência. Mais informações pelo telefone: 3371-7703.
Programação – Filmes raros da Cinemateca
Dia 18 – terça
15h – Aconteceu na primavera, de Paolo e Vittorio Taviani.
17h – O barão aventureiro, de Samuel Fuller.
19h30 – A escolta, de Rick Tognazzi.
Dia 19 – quarta
15h – A filha de d’Artagnan, de Bertrand Tavernier.
17h – O homem de Aran, de Robert Flaherty.
19h30 – As mil e uma noites, de Pier Paolo Pasolini.
Dia 20 – quinta
15h – A filha de d’Artagnan, de Bertrand Tavernier.
17h – Sangue de pedra, de Jacques Tourneur.
19h30 – O sol enganador, de Nikita Mikhalkov.
Dia 21 – sexta
15h – A filha de d’Artagnan, de Bertrand Tavernier.
17h – O teto, de Vittorio De Sica.
19h30 – Suspeita, de Alfred Hotchcock.
Dia 22 – sábado
15h – O sol enganador, de Nikita Mikhalkov.
17h – As mil e uma noites, de Pier Paolo Pasolini.
19h30 – O teto, de Vittorio De Sica.
Dia 23 – domingo
15h – O homem de Aran, de Robert Flaherty.
17h30 – Suspeita, de Alfred Hotchcock.
A mostra faz parte da programação do 62º. Congresso da Federação Internacional de Arquivos de Filmes, que começou este mês. No dia 25, começa uma mostra com títulos inspirados no autor francês Marquês de Sade. Na semana passada, foi exibida uma mostra inspirada no Sundance Festival.
A Galeria Olido fica na Rua São João, 473, no centro de São Paulo. È recomendável à retirada dos ingressos com meia hora de antecedência. Mais informações pelo telefone: 3371-7703.
Programação – Filmes raros da Cinemateca
Dia 18 – terça
15h – Aconteceu na primavera, de Paolo e Vittorio Taviani.
17h – O barão aventureiro, de Samuel Fuller.
19h30 – A escolta, de Rick Tognazzi.
Dia 19 – quarta
15h – A filha de d’Artagnan, de Bertrand Tavernier.
17h – O homem de Aran, de Robert Flaherty.
19h30 – As mil e uma noites, de Pier Paolo Pasolini.
Dia 20 – quinta
15h – A filha de d’Artagnan, de Bertrand Tavernier.
17h – Sangue de pedra, de Jacques Tourneur.
19h30 – O sol enganador, de Nikita Mikhalkov.
Dia 21 – sexta
15h – A filha de d’Artagnan, de Bertrand Tavernier.
17h – O teto, de Vittorio De Sica.
19h30 – Suspeita, de Alfred Hotchcock.
Dia 22 – sábado
15h – O sol enganador, de Nikita Mikhalkov.
17h – As mil e uma noites, de Pier Paolo Pasolini.
19h30 – O teto, de Vittorio De Sica.
Dia 23 – domingo
15h – O homem de Aran, de Robert Flaherty.
17h30 – Suspeita, de Alfred Hotchcock.
17.4.06
Comidinhas especiais
A partir de hoje, não sou mais apenas um jornalista desempregado. Sou um jornalista que trabalha em um bufê. Ainda não é o ideal, mas já é um começo. Para quem não conhece:
O Comidinhas Especiais é um bufê diferente. Todos os nossos eventos são realizados de acordo com o desejo de cada cliente. Nós cuidamos de tudo para que você não tenha que fazer nada. Comida, bebida, decoração, etc. É tudo por nossa conta, de acordo com as suas necessidade e possibilidades. Tudo é feito de maneira artesanal e personalizada. Cada cardápio é criado de acordo com o tipo de celebração, horário, público e custo.
Nosso negócio é fazer comidinhas para a sua ocasião especial, seja uma cesta de café da manhã, um jantar romântico, uma festa de aniversário, uma comemoração de casamento, um simples cofee-breake ou um evento empresarial. A idéia é celebrar o prazer de comer bem, transformando qualquer que seja o evento em um acontecimento único, inesquecível.
Gostaríamos de enviar uma pequena amostra para que você possa conhecer os sabores e aromas produzidos em nossa cozinha.
Entre também em nosso site e veja como uma boa comidinha pode agradar também aos olhos.
www.comidinhasespeciais.com.br
Tomara que você goste! Ficaremos felizes em atendê-lo em breve!
Um abraço,
Comidinhas Especiais
15.4.06
“Isto é para quando você vier. É preciso estar preparado. Alguém terá de preveni-lo. Vai entrar numa terra em que a verdade e a mentira não têm mais os sentidos que o trouxeram até aqui.”
Essa é a introdução do livro Nove Noites, do jornalista Bernardo Carvalho. Ele conta a história de um antropólogo norte-americano que se suicida em uma aldeia no Xingu no final da década de 30. A partir de uma citação do caso em um artigo, o autor faz uma pesquisa sobre a vida do antropólogo e narra sua história onde não se difere a realidade da ficção. Carvalho faz um paralelo entre a história do americano e sua própria infância, onde seu pai era proprietário de terras no Xingu, o que gerou o contato com algumas aldeias da região.
Chama a atenção a maneira como o livro retrata o contato do pesquisador com os índios. A figura do índio é tratada com um realismo que leva o leitor a criar uma imagem um pouco depreciativa desta figura. Nessa relação, ele destaca o lado negativo do paternalismo presente no contato do branco com o índio.
Os relatos da experiência na aldeia impressionam pela sensação de desespero causado pelo isolamento dentro de uma cultura completamente diferente da sua. Ao mesmo tempo, pode se perceber uma atração pela sensualidade presente naquele meio selvagem.
Em uma entrevista para o site Por trás das letras, Carvalho explica que o livro conta apenas a verdade a respeito do comportamento na aldeia e que não tinha a intenção de fazer um trabalho antropológico:
“Eu não considero a abordagem leviana. Deve ser leviana do ponto de vista de um antropólogo. Eu só não quero ser paternalista. Quero tratar o índio de igual para igual. E não tem nenhuma mentira com relação aos índios”, afirma o autor.
Bernardo Carvalho nasceu em 1960, no Rio de Janeiro. Ele é colunista da Folha de São Paulo e já publicou 8 livros. Nove noites foi publicado em 2002.
entrevista completa no site:
http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=resumos/docs/novenoites
Essa é a introdução do livro Nove Noites, do jornalista Bernardo Carvalho. Ele conta a história de um antropólogo norte-americano que se suicida em uma aldeia no Xingu no final da década de 30. A partir de uma citação do caso em um artigo, o autor faz uma pesquisa sobre a vida do antropólogo e narra sua história onde não se difere a realidade da ficção. Carvalho faz um paralelo entre a história do americano e sua própria infância, onde seu pai era proprietário de terras no Xingu, o que gerou o contato com algumas aldeias da região.
Chama a atenção a maneira como o livro retrata o contato do pesquisador com os índios. A figura do índio é tratada com um realismo que leva o leitor a criar uma imagem um pouco depreciativa desta figura. Nessa relação, ele destaca o lado negativo do paternalismo presente no contato do branco com o índio.
Os relatos da experiência na aldeia impressionam pela sensação de desespero causado pelo isolamento dentro de uma cultura completamente diferente da sua. Ao mesmo tempo, pode se perceber uma atração pela sensualidade presente naquele meio selvagem.
Em uma entrevista para o site Por trás das letras, Carvalho explica que o livro conta apenas a verdade a respeito do comportamento na aldeia e que não tinha a intenção de fazer um trabalho antropológico:
“Eu não considero a abordagem leviana. Deve ser leviana do ponto de vista de um antropólogo. Eu só não quero ser paternalista. Quero tratar o índio de igual para igual. E não tem nenhuma mentira com relação aos índios”, afirma o autor.
Bernardo Carvalho nasceu em 1960, no Rio de Janeiro. Ele é colunista da Folha de São Paulo e já publicou 8 livros. Nove noites foi publicado em 2002.
entrevista completa no site:
http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=resumos/docs/novenoites
13.4.06
Óculos
3 horas da manhã.
- Olha só! Encontrei um óculos que eu não via a muito tempo! Achei que tinha perdido em um churrasco a quase dois meses. Era um óculos que eu gostava especialmente.
- Ei! Esse óculos é meu. Você me desculpe, mas esse óculos é meu. Você tem um parecido, mas esse eu conheço bem, foi meu por muitos anos. Acho que eu deixei com você naquele churrasco.
- Não, não, o óculos é meu. Tava vendo esse riscado aqui na lente? Então, eu conheço muito bem ele. Esse é o meu óculos. Eu lembro até quando eu trouxe ele de casa.
- Que é isso, não é por mal não, mas esse óculos foi meu pai que me deu. Ele é de 1979, olha só, tem até a marca aqui na parte de cima que dá pra ver. Esse é o óculos do meu pai.
- É verdade, tem uma marca sim. O meu também podia ter uma marca, mas eu não tenho certeza.
- Ah! Então você não tem certeza? Eu tenho certeza. Esse óculos é o meu.
- É, mas eu ainda não tenho certeza.
- Até a cor é diferente. O óculos que você está falando é verde, esse aqui é marrom. Pensa bem, dá pra ver que a cor é bem diferente.
- É, talvez o meu até fosse verde, mas ainda não dá pra ter certeza.
- Bom, mas o óculos é meu e eu quero já ficar com ele agora.
- Tudo bem, mesmo que o óculos não seja seu, eu te dou ele, pode ficar com ele.
- Mas o óculos é meu! Eu não quero que você me dê o óculos. Ele já é meu!
- Isso não importa, eu te dou o óculos de qualquer jeito. Toma, ele é seu.
- Eu sei que ele é meu.
- Tudo bem, o óculos vai ficar com você de qualquer jeito.
- É claro que vai! É o meu óculos!
- Olha só! Encontrei um óculos que eu não via a muito tempo! Achei que tinha perdido em um churrasco a quase dois meses. Era um óculos que eu gostava especialmente.
- Ei! Esse óculos é meu. Você me desculpe, mas esse óculos é meu. Você tem um parecido, mas esse eu conheço bem, foi meu por muitos anos. Acho que eu deixei com você naquele churrasco.
- Não, não, o óculos é meu. Tava vendo esse riscado aqui na lente? Então, eu conheço muito bem ele. Esse é o meu óculos. Eu lembro até quando eu trouxe ele de casa.
- Que é isso, não é por mal não, mas esse óculos foi meu pai que me deu. Ele é de 1979, olha só, tem até a marca aqui na parte de cima que dá pra ver. Esse é o óculos do meu pai.
- É verdade, tem uma marca sim. O meu também podia ter uma marca, mas eu não tenho certeza.
- Ah! Então você não tem certeza? Eu tenho certeza. Esse óculos é o meu.
- É, mas eu ainda não tenho certeza.
- Até a cor é diferente. O óculos que você está falando é verde, esse aqui é marrom. Pensa bem, dá pra ver que a cor é bem diferente.
- É, talvez o meu até fosse verde, mas ainda não dá pra ter certeza.
- Bom, mas o óculos é meu e eu quero já ficar com ele agora.
- Tudo bem, mesmo que o óculos não seja seu, eu te dou ele, pode ficar com ele.
- Mas o óculos é meu! Eu não quero que você me dê o óculos. Ele já é meu!
- Isso não importa, eu te dou o óculos de qualquer jeito. Toma, ele é seu.
- Eu sei que ele é meu.
- Tudo bem, o óculos vai ficar com você de qualquer jeito.
- É claro que vai! É o meu óculos!
12.4.06
10.4.06
Os chineses estão tomando conta de Curitiba. Todas as lanchonetes da cidade são de chineses. Normalmente eles trabalham em um sistema familiar e se comunicam apenas em sua língua natal. Até mesmo as crianças, que frequantam as escolas brasileiras, falam português e chinês.
O serviço não é dos melhores, eles parecem sempre um pouco distantes e preocupados com alguma coisa e o hambiente também não parece dos mais higiênicos. A vantagem é que eles tem a cerveja mais barata da cidade.
Até na prova do concurso da SANEPAR tinha uma pergunta falando sobre o mandarin.
O serviço não é dos melhores, eles parecem sempre um pouco distantes e preocupados com alguma coisa e o hambiente também não parece dos mais higiênicos. A vantagem é que eles tem a cerveja mais barata da cidade.
Até na prova do concurso da SANEPAR tinha uma pergunta falando sobre o mandarin.
8.4.06
Sem teto
Não é atoa que tem tanta gente morando na rua. Conseguir um teto, mesmo que alugado, não é fácil. Opções até que existem, o preço dos aluguéis é alto, mas não muito. O maior problema é a burocracia. Para se alugar um apartamento simples, de dois quartos, no centro de São Paulo você precisa estar trabalhando a pelo menos 3 meses, com registro em carteira e um salário no mínimo 3 vezes maior do que o valor do aluguel. Além disso, é necessário um fiador com pelo menos dois imóveis na capital.
Quem é desempregado, recém contratado ou não tem registro em carteira é, teoricamente, impossível alugar um imóvel. Sobram as favelas e as pontes...
Quem é desempregado, recém contratado ou não tem registro em carteira é, teoricamente, impossível alugar um imóvel. Sobram as favelas e as pontes...
7.4.06
Contra U. Católica, torcida e juiz, Corinthians vence e segue na Libertadores
Corinthiano é sofredor mesmo. Foi assim que o Timão definiu seu futuro na Libertadores, no jogo de ontem contra o Universidad Católica, no estádio San Carlos Apoquindo, em Santiago, no Chile. O Corinthians conseguiu uma incrível virada por
A partida começou eletrizante. Com menos de 1 minuto de jogo, Tevez recebe um lançamento na pequena área e bate de primeira em cima do goleiro chileno. A resposta dos chilenos foi no minuto seguinte. Em cruzamento na área, Quinteros abre o placar aos 3 minutos da primeira etapa. Além de cabecear a bola, o atacante do U. Católica empurrou o goleiro Johny Herrera, mas o juiz não marcou a falta e validou o gol.
O Corinthians não se abalou com o golpe e logo se recuperou. Aos 24 minutos, Marcelo Mattos, que jogou mais adiantado, como segundo volante, faz belo lançamento para Tevez, que chuta colocado, no canto do goleiro chileno, empatando a partida.
A virada veio aos 37. Após receber lançamento de Coelho, Tevez invade a área, dribla o zagueiro e toca para Nilmar, livre na pequena área.
A vantagem não durou muito, aos 39, Arrué cobra falta na entrada da área corinthiana, a bola desvia na barreira, e engana o goleiro Herrera.
O primeiro tempo termina, mas o placar não reflete a realidade da partida. Mesmo com o alto número de passes errados, o Corinthians teve mais posse de bola e pressionou o U. Católica com uma forte marcação na saída de bola do adversário.
Com apenas 1 minuto do segundo tempo, o zagueiro Wendel acerta uma cotovelada em Rubio e é expulso. O que já não estava fácil fica ainda mais complicado, para o time do Parque São Jorge. Mesmo com um jogador a menos, o Corinthians resiste à pressão chilena e ainda consegue virar mais uma vez à partida. Depois de uma tabela rápida com Carlos Alberto, o artilheiro Nilmar bate com categoria e faz
Aos 30 minutos da segunda etapa, Rubio acerta uma cotovelada
6.4.06
Cinema de graça na Galeria Olido
O Cine Olido está com uma programação intensa para o mês de abril. Filmes de qualidade que não fazem parte do circuito comercial vão ser apresentados gratuitamente durante todo o mês.
As duas primeiras semanas vão ser dedicadas ao cinema independente americano, tendo como base o Sundance Festival, festival criado em 1981 pelo ator Robert Redford, que tinha como objetivo manter distância das produções hollywoodianas.
A programação começou na terça-feira, dia 04 e vai até domingo, dia 16. Até o final do Mês ainda serão realizadas uma mostra com filmes raros da Cinemateca Brasileira, como parte da programação do 62º. Congresso da Federação Internacional de Arquivos de Filmes e também uma mostra com títulos inspirados no Marquês de Sade.
A Galeria Olido fica na Rua São João, 473, no centro de São Paulo. È recomendável a retirada dos ingressos com meia hora de antecedência. Mais informações pelo telefone: 3371-7703.
Programação – Semana Sundance Festival
Dia 06 – quinta-feira
17h – Virgens Suicidas, de Sofia Coppola.
19h30 – Gosto de Sangue, de Joel Coen.
Dia 07 – sexta-feira
17h – Aos Treze, de Catherine Hardwicke.
19h30 – Quero ser John Malkovich, de Spike Jonze.
Dia 08 – sábado
17h - Quero ser John Malkovich, de Spike Jonze.
19h - Aos Treze, de Catherine Hardwicke.
Dia 09 – domingo
17h30 – Brilho eterno de uma mente sem lembranças, de Michael Gondry.
Dia 11 – terça-feira
17h – Denise está chamando, de Hal Salwen.
19h30 – Um dia em Nova York, de Greg Mottola.
Dia 12 – quarta-feira
17h – Na companhia de homens, de Neil Labute.
19h30 - Denise está chamando, de Hal Salwen.
Dia 13 – quinta-feira
17h - Um dia em Nova York, de Greg Mottola.
19h30 - Na companhia de homens, de Neil Labute.
Dia 14 – sexta-feira
17h – Bem-vindo à casa de bonecas, de Todd Solondz.
19h30 – Felicidade, de Todd Solondz.
Dia 15 – sábado
17h - Brilho eterno de uma mente sem lembranças, de Michael Gondry.
19h30 - Bem-vindo à casa de bonecas, de Todd Solondz.
Dia 16 – domingo
17h30 - Felicidade, de Todd Solondz.
(programação sujeita a alterações)
As duas primeiras semanas vão ser dedicadas ao cinema independente americano, tendo como base o Sundance Festival, festival criado em 1981 pelo ator Robert Redford, que tinha como objetivo manter distância das produções hollywoodianas.
A programação começou na terça-feira, dia 04 e vai até domingo, dia 16. Até o final do Mês ainda serão realizadas uma mostra com filmes raros da Cinemateca Brasileira, como parte da programação do 62º. Congresso da Federação Internacional de Arquivos de Filmes e também uma mostra com títulos inspirados no Marquês de Sade.
A Galeria Olido fica na Rua São João, 473, no centro de São Paulo. È recomendável a retirada dos ingressos com meia hora de antecedência. Mais informações pelo telefone: 3371-7703.
Programação – Semana Sundance Festival
Dia 06 – quinta-feira
17h – Virgens Suicidas, de Sofia Coppola.
19h30 – Gosto de Sangue, de Joel Coen.
Dia 07 – sexta-feira
17h – Aos Treze, de Catherine Hardwicke.
19h30 – Quero ser John Malkovich, de Spike Jonze.
Dia 08 – sábado
17h - Quero ser John Malkovich, de Spike Jonze.
19h - Aos Treze, de Catherine Hardwicke.
Dia 09 – domingo
17h30 – Brilho eterno de uma mente sem lembranças, de Michael Gondry.
Dia 11 – terça-feira
17h – Denise está chamando, de Hal Salwen.
19h30 – Um dia em Nova York, de Greg Mottola.
Dia 12 – quarta-feira
17h – Na companhia de homens, de Neil Labute.
19h30 - Denise está chamando, de Hal Salwen.
Dia 13 – quinta-feira
17h - Um dia em Nova York, de Greg Mottola.
19h30 - Na companhia de homens, de Neil Labute.
Dia 14 – sexta-feira
17h – Bem-vindo à casa de bonecas, de Todd Solondz.
19h30 – Felicidade, de Todd Solondz.
Dia 15 – sábado
17h - Brilho eterno de uma mente sem lembranças, de Michael Gondry.
19h30 - Bem-vindo à casa de bonecas, de Todd Solondz.
Dia 16 – domingo
17h30 - Felicidade, de Todd Solondz.
(programação sujeita a alterações)
5.4.06
O vício de escrever
Pronto, finalmente consegui, depois de mais de uma hora em busca de um simples computador com acesso a internet, eu consegui encontrar uma lan-house que vai estar aberta apenas pelos próximos quinze minutos. Tenho que ser rápido.
Até hoje, eu sinceramente acreditava que principalmente em uma cidade como São Paulo, o acesso à rede seria muito simples. Eu estava errado. Se você quiser fazer exercícios em uma academia, ou pentear o seu querido cachorrinho, isso você pode fazer a qualquer hora do dia ou da noite. Entrar na rede não. Eu cheguei ao ponto de comer um daqueles supostos hambúrgueres do McDonalds só para usar o computador deles, mas nem isso funciona direito por lá.
Porque tanta persistência em entrar na Internet? O único motivo é que eu não queria deixar de fazer a atualização deste meu recém criado blog. Acho que estou viciado em escrever. Agora eu posso dormir tranqüilo.
Até hoje, eu sinceramente acreditava que principalmente em uma cidade como São Paulo, o acesso à rede seria muito simples. Eu estava errado. Se você quiser fazer exercícios em uma academia, ou pentear o seu querido cachorrinho, isso você pode fazer a qualquer hora do dia ou da noite. Entrar na rede não. Eu cheguei ao ponto de comer um daqueles supostos hambúrgueres do McDonalds só para usar o computador deles, mas nem isso funciona direito por lá.
Porque tanta persistência em entrar na Internet? O único motivo é que eu não queria deixar de fazer a atualização deste meu recém criado blog. Acho que estou viciado em escrever. Agora eu posso dormir tranqüilo.
4.4.06
A conversa começou com um torresmo, “quando eu morava no sítio e faltava comida, a minha mãe fazia torresmo pra gente, aquele sim que era bom, hoje em dia, é tudo porcaria”. Bons tempos aqueles, concordamos, em que agente sabia o que estava comendo. Era um senhor, japonês, que parou do meu lado, para tomar um cafezinho em uma padaria, ao lado da feirinha da Liberdade. O nome dele era Mário. “Vou te contar uma história”, ele me falou.
“Ah, eu lembro quando Maringá era só uma rua, com um monte de pé de café em volta. Eu já fiz de tudo. Uma vez consegui mil e quinhentos pés de café, tudo pequenininho, e continuou assim mesmo, eu não levava jeito pro café. Também já fui caminhoneiro, viajei esse Brasil inteiro. Quando eu vim para São Paulo, virei carpinteiro, fazia trabalhos com madeira. Agora sou aposentado, tenho que aproveitar esse resto da vida”.
Ele foi embora feliz por ter contado a sua história e esqueceu de pegar o troco do cafezinho.
“Ah, eu lembro quando Maringá era só uma rua, com um monte de pé de café em volta. Eu já fiz de tudo. Uma vez consegui mil e quinhentos pés de café, tudo pequenininho, e continuou assim mesmo, eu não levava jeito pro café. Também já fui caminhoneiro, viajei esse Brasil inteiro. Quando eu vim para São Paulo, virei carpinteiro, fazia trabalhos com madeira. Agora sou aposentado, tenho que aproveitar esse resto da vida”.
Ele foi embora feliz por ter contado a sua história e esqueceu de pegar o troco do cafezinho.
3.4.06
São Paulo vence e decisão do paulista fica para o próximo fim de semana
Depois de sair perdendo, o São Paulo mostrou que tinha um elenco mais técnico e virou o jogo contra o Santos, diante de mais de 50 mil torcedores, que davam o clima de final no Morumbi. O time do litoral abriu o placar com Léo Lima em uma cobrança de pênalti aos 24 minutos do primeiro tempo. Aos 45, também de pênalti, Rogério Ceni empatou para o São Paulo. A virada veio com Tiago, aos 27 da segunda etapa e Alex Dias, que entrou no lugar de Edcarlos, completa o placar aos 46 e define a partida.
O São Paulo jogou no ataque desde o início do jogo. Com um bom toque de bola, a equipe só não chegou a um resultado positivo já no primeiro tempo graças à boa atuação do goleiro Fábio Costa e do bom posicionamento da defesa do Santos. O time santista chegava ao ataque apenas nos contra ataques, principalmente com Léo Lima, em jogadas de velocidade.
Com 24 minutos de jogo, depois de uma cobrança de falta, Rogério Ceni espalma nos pés de Reinaldo, o zagueiro Edcarlos derruba o atacante santista dentro da área e o juiz marca pênalti. Léo Lima bate no canto direito de Rogério e faz Santos 1 a 0.
Depois do gol o Santos se fecha ainda mais e o São Paulo aumenta a pressão no ataque. Somente aos 43, Maldonado tenta ajeitar no peito, mas a bola toca no seu braço dentro da área. Pênalti para o São Paulo. Rogério Ceni bate no canto direito e empata a partida.
No segundo tempo, o Santos, que possui a melhor defesa do campeonato, tenta segurar a pressão do São Paulo, que com 42 gols marcados, tem o melhor ataque da competição. Logo aos 13 minutos, o zagueiro Luiz Alberto é expulso e dificulta ainda mais a tarefa do Santos.
A muralha santista se desfaz depois de uma bela jogada pela esquerda. Aloísio rola a bola para Júnior, que recebe e cruza para Tiago marcar, São Paulo 2 a 1, aos 27 do segundo tempo. O terceiro gol sai no finalzinho, aos 46, Júnior, mais uma vez, tabela com Alex Dias, que chuta forte e define a partida, 3 a 1 para o tricolor.
Com o resultado, o Santos ainda depende apenas de uma vitória no próximo fim de semana, contra a Portuguesa na Vila Belmiro, para conquistar o título. O São Paulo tem que vencer o Ituano fora de casa e torcer ao menos por um empate em Santos para ficar com a taça pelo segundo ano consecutivo.
Jogadores das duas equipes deixaram o campo fazendo muitas reclamações a respeito da atuação do juiz Rodrigo Martins Cintra e de seus dois auxiliares.
O São Paulo jogou no ataque desde o início do jogo. Com um bom toque de bola, a equipe só não chegou a um resultado positivo já no primeiro tempo graças à boa atuação do goleiro Fábio Costa e do bom posicionamento da defesa do Santos. O time santista chegava ao ataque apenas nos contra ataques, principalmente com Léo Lima, em jogadas de velocidade.
Com 24 minutos de jogo, depois de uma cobrança de falta, Rogério Ceni espalma nos pés de Reinaldo, o zagueiro Edcarlos derruba o atacante santista dentro da área e o juiz marca pênalti. Léo Lima bate no canto direito de Rogério e faz Santos 1 a 0.
Depois do gol o Santos se fecha ainda mais e o São Paulo aumenta a pressão no ataque. Somente aos 43, Maldonado tenta ajeitar no peito, mas a bola toca no seu braço dentro da área. Pênalti para o São Paulo. Rogério Ceni bate no canto direito e empata a partida.
No segundo tempo, o Santos, que possui a melhor defesa do campeonato, tenta segurar a pressão do São Paulo, que com 42 gols marcados, tem o melhor ataque da competição. Logo aos 13 minutos, o zagueiro Luiz Alberto é expulso e dificulta ainda mais a tarefa do Santos.
A muralha santista se desfaz depois de uma bela jogada pela esquerda. Aloísio rola a bola para Júnior, que recebe e cruza para Tiago marcar, São Paulo 2 a 1, aos 27 do segundo tempo. O terceiro gol sai no finalzinho, aos 46, Júnior, mais uma vez, tabela com Alex Dias, que chuta forte e define a partida, 3 a 1 para o tricolor.
Com o resultado, o Santos ainda depende apenas de uma vitória no próximo fim de semana, contra a Portuguesa na Vila Belmiro, para conquistar o título. O São Paulo tem que vencer o Ituano fora de casa e torcer ao menos por um empate em Santos para ficar com a taça pelo segundo ano consecutivo.
Jogadores das duas equipes deixaram o campo fazendo muitas reclamações a respeito da atuação do juiz Rodrigo Martins Cintra e de seus dois auxiliares.
1.4.06
Clássico das estrelas termina em 1 a 1
O Real Madrid conseguiu sair de Barcelona com um empate em 1 a 1 contra o time da casa, em partida disputada esta tarde, pelo Campeonato Espanhol. Diante de quase 100 mil torcedores, Ronaldinho Gaúcho abriu o placar para o Barça em cobrança de pênalti aos 19 minutos do primeiro tempo. Depois de perder o lateral Roberto Carlos, expulso, o time de Madrid conseguiu empatar a partida com um belo gol de Ronaldo. Real 1, Barça também 1.
O empate mantém a equipe de Barcelona na liderança isolada do Espanhol. Com 69, o Barça leva uma vantagem de 11 pontos sobre a equipe Madrilenha, a apenas 7 rodadas do final do campeonato.
Na partida desta tarde, o Barcelona jogou todo no ataque, enquanto o Real se defendia de qualquer maneira. Ronaldinho Gaúcho, Eto´o, Van Bommel e Deco tocavam a bola com velocidade e precisão, criando muitas jogadas de perigo para o goleiro Casillas. Ronaldinho fez grande partida e jogava com muita irreverência e criatividade, o brasileiro eleito número 1 do mundo sorria depois de cada jogada.
Ronaldinho Gaúcho abriu o placar na cobrança do pênalti cometido por Roberto Carlos, que não teve uma noite feliz, sobre Van Bommel. Cinco minutos depois, o mesmo Roberto Carlos é expulso depois de reclamar insistentemente com o árbitro. Para recompor o esquema defensivo, o técnico Lopez Caro, tira Zidane, que não vinha bem no jogo e coloca o volante Gravensen. A substituição dá mais consistência para a defesa do Real.
Enquanto o Barcelona ataca insistentemente, mas sem boa pontaria, o Real Madrid apenas se defende. Depois de uma roubada de bola e um contra ataque rápido, Júlio Batista lança Ronaldo, que com um belo toque, encobre o goleiro e empata a partida. A equipe de Madrid consegue segurar o empate até o final, mas fica praticamente sem chances de disputar o título.
Antes de terminar o jogo, um torcedor invadiu o gramado e se ajoelhou aos pés de Ronaldinho Gaúcho, que mais uma vez foi o melhor jogador em campo.
O empate mantém a equipe de Barcelona na liderança isolada do Espanhol. Com 69, o Barça leva uma vantagem de 11 pontos sobre a equipe Madrilenha, a apenas 7 rodadas do final do campeonato.
Na partida desta tarde, o Barcelona jogou todo no ataque, enquanto o Real se defendia de qualquer maneira. Ronaldinho Gaúcho, Eto´o, Van Bommel e Deco tocavam a bola com velocidade e precisão, criando muitas jogadas de perigo para o goleiro Casillas. Ronaldinho fez grande partida e jogava com muita irreverência e criatividade, o brasileiro eleito número 1 do mundo sorria depois de cada jogada.
Ronaldinho Gaúcho abriu o placar na cobrança do pênalti cometido por Roberto Carlos, que não teve uma noite feliz, sobre Van Bommel. Cinco minutos depois, o mesmo Roberto Carlos é expulso depois de reclamar insistentemente com o árbitro. Para recompor o esquema defensivo, o técnico Lopez Caro, tira Zidane, que não vinha bem no jogo e coloca o volante Gravensen. A substituição dá mais consistência para a defesa do Real.
Enquanto o Barcelona ataca insistentemente, mas sem boa pontaria, o Real Madrid apenas se defende. Depois de uma roubada de bola e um contra ataque rápido, Júlio Batista lança Ronaldo, que com um belo toque, encobre o goleiro e empata a partida. A equipe de Madrid consegue segurar o empate até o final, mas fica praticamente sem chances de disputar o título.
Antes de terminar o jogo, um torcedor invadiu o gramado e se ajoelhou aos pés de Ronaldinho Gaúcho, que mais uma vez foi o melhor jogador em campo.
31.3.06
Osasco, 5 da manhã.
A fábrica está funcionando. As luzes estão acesas e o som é inconfundível, uma batida ritmada, é como naqueles filmes antigos que mostravam o futuro. Aparentemente não tem ninguém lá dentro, também não há carros. Apenas as máquinas funcionando.
O movimento de pessoas na rua está começando agora. O comércio próximo à estação de trem ainda está fechado. Apenas uma padaria e uma barraquinha improvisada na calçada estão funcionando.
No trem até a Barra Funda, o vagão está cheio. Os passageiros sofrem com os trancos provocados pelo trilho irregular. Os olhares são tristes, nenhum sorriso, nenhuma conversa. Alguns ficam sentados no chão, encostados nos cantos, com a cabeça baixa. Não acredito que seja possível dormir naquela posição. Também não é fácil ficar em pé, são poucos os lugares para se segurar. Aqueles que conseguiram um lugar nos bancos também estão com a cabeça baixa.
Os passageiros têm que estar muito atentos, quase não existe sinalização nas estações. Uma voz no alto falante tenta dar a informação, mas não consegue, ouve-se apenas um chiado: “Estação ---------”.
A fábrica está funcionando. As luzes estão acesas e o som é inconfundível, uma batida ritmada, é como naqueles filmes antigos que mostravam o futuro. Aparentemente não tem ninguém lá dentro, também não há carros. Apenas as máquinas funcionando.
O movimento de pessoas na rua está começando agora. O comércio próximo à estação de trem ainda está fechado. Apenas uma padaria e uma barraquinha improvisada na calçada estão funcionando.
No trem até a Barra Funda, o vagão está cheio. Os passageiros sofrem com os trancos provocados pelo trilho irregular. Os olhares são tristes, nenhum sorriso, nenhuma conversa. Alguns ficam sentados no chão, encostados nos cantos, com a cabeça baixa. Não acredito que seja possível dormir naquela posição. Também não é fácil ficar em pé, são poucos os lugares para se segurar. Aqueles que conseguiram um lugar nos bancos também estão com a cabeça baixa.
Os passageiros têm que estar muito atentos, quase não existe sinalização nas estações. Uma voz no alto falante tenta dar a informação, mas não consegue, ouve-se apenas um chiado: “Estação ---------”.
30.3.06
E o Brasil foi para o espaço
Ontem decolou a nave Soyuz TMA-8, que leva o astronauta brasileiro Marcos César Pontes para a Estação Espacial Internacional, que gira em uma órbita a 350 km da Terra. A estada de Pontes vai durar 8 dias, mais 2 para a viagem. Foram gastos quase 11 milhões de dólares de investimento para pagar a “passagem” até a estação.
Durante a missão, vão ser realizados 8 experimentos selecionados entre 50 propostas de Universidades e outras instituições de pesquisa brasileiras. Um deles é para descobrir o que acontece quando se planta uma semente de feijão sem o efeito da gravidade. É aquela velha experiência do feijãozinho no algodão realizada no espaço. A experiência vai ser realizada ao mesmo tempo em escolas aqui na terra. O objetivo é estimular os alunos na prática da ciência.
Não que não seja um bom motivo e que os outros experimentos também não tenham o seu valor, mas creio que cabe a pergunta: será que vale a pena gastar 10 milhões de dólares para isso? Mesmo com toda argumentação pelo orgulho nacional de ter um brasileiro no espaço, ainda não estou convencido da importância desta viagem. O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Ennio Candotti também defende a idéia de que esses recursos poderiam ser investidos em outras áreas de ciência e tecnologia.
Durante a missão, vão ser realizados 8 experimentos selecionados entre 50 propostas de Universidades e outras instituições de pesquisa brasileiras. Um deles é para descobrir o que acontece quando se planta uma semente de feijão sem o efeito da gravidade. É aquela velha experiência do feijãozinho no algodão realizada no espaço. A experiência vai ser realizada ao mesmo tempo em escolas aqui na terra. O objetivo é estimular os alunos na prática da ciência.
Não que não seja um bom motivo e que os outros experimentos também não tenham o seu valor, mas creio que cabe a pergunta: será que vale a pena gastar 10 milhões de dólares para isso? Mesmo com toda argumentação pelo orgulho nacional de ter um brasileiro no espaço, ainda não estou convencido da importância desta viagem. O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Ennio Candotti também defende a idéia de que esses recursos poderiam ser investidos em outras áreas de ciência e tecnologia.
29.3.06
Com marcação forte, Lyon e Milan não saem do 0 a 0.
Em um jogo equilibrado, duas das principais equipes européias não passaram de um empate em 0 a 0, na partida disputada pelas quartas de final da Copa dos Campeões da Europa. A disputa entre Lyon e Milan foi no Estádio Gerland, em Lyon. O time que vai disputar as semifinais será definido somente na próxima terça feira, em Milão.
Mesmo fora de casa, a equipe italiana pressionou muito no primeiro tempo, mas não conseguiu vencer o esquema defensivo dos franceses. Com um toque de bola preciso no meio campo e a boa presença de Kaká e Schevchenko no ataque, o Milan criou chances claras de gol, mas foi barrado pela forte marcação dos zagueiros Cris e Cláudio Caçapa. O goleiro Coupet também foi fundamental para segurar o ataque milanês.
Sem Juninho Pernambucano, suspenso, o Lyon jogou recuado em quase todo o primeiro tempo. Mesmo apoiado pela torcida que lotava o estádio, o time apostou nos contra ataques para abrir o placar, mas apenas em cobranças de falta levou perigo ao goleiro Dida.
No segundo tempo, a situação se inverteu, os franceses souberam aproveitar o apoio da torcida e foram ao ataque. O time de Milão, que não tinha mais a mesma energia do primeiro tempo, ficou a maior parte da segunda etapa acuado em seu campo de defesa. Mesmo com a pressão e com a entrada do atacante Fred, no lugar de Carew, o Lyon também não foi capaz de vencer o goleiro Dida, que voltou a fazer uma boa apresentação.
(texto produzido para o Curso de Jornalismo Esportivo do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo)
Mesmo fora de casa, a equipe italiana pressionou muito no primeiro tempo, mas não conseguiu vencer o esquema defensivo dos franceses. Com um toque de bola preciso no meio campo e a boa presença de Kaká e Schevchenko no ataque, o Milan criou chances claras de gol, mas foi barrado pela forte marcação dos zagueiros Cris e Cláudio Caçapa. O goleiro Coupet também foi fundamental para segurar o ataque milanês.
Sem Juninho Pernambucano, suspenso, o Lyon jogou recuado em quase todo o primeiro tempo. Mesmo apoiado pela torcida que lotava o estádio, o time apostou nos contra ataques para abrir o placar, mas apenas em cobranças de falta levou perigo ao goleiro Dida.
No segundo tempo, a situação se inverteu, os franceses souberam aproveitar o apoio da torcida e foram ao ataque. O time de Milão, que não tinha mais a mesma energia do primeiro tempo, ficou a maior parte da segunda etapa acuado em seu campo de defesa. Mesmo com a pressão e com a entrada do atacante Fred, no lugar de Carew, o Lyon também não foi capaz de vencer o goleiro Dida, que voltou a fazer uma boa apresentação.
(texto produzido para o Curso de Jornalismo Esportivo do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo)
28.3.06
Caiu o Palocci
Antônio Palocci, do Partido dos Trabalhadores, foi o último a sucumbir diante de uma sociedade estarrecida com a situação do atual governo. O ex-ministro da Fazenda deixa o cargo sob suspeita de corrupção durante sua gestão na prefeitura de Ribeirão Preto. Em seu lugar, entra Guido Mantega, ex-presidente do BNDES, que promete apenas fazer mais do mesmo.
As acusações contra Palocci se tornaram incontornáveis (apesar das tentativas do governo) depois de o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, assumir a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa e afirmar que entrgou os documentos confidenciais diretamente à Palocci. Jorge Mattoso pediu demissão e deve ser indiciado pela Polícia Federal, assim como o ex-ministro.
Na tentativa de incriminar o caseiro, Palocci acabou provocando sua própria queda. O ex-ministro foi acusado por Francenildo de freqüentar uma casa, em Brasília, onde supostamente ocorria a formação de lobby com objetivo de beneficiar empreiteiras ligadas à prefeitura. O governo passou então a investigar o caseiro, na tentativa de acusá-lo de ter recebido dinheiro para depor contra o ainda ministro da Fazenda. A ação para desmoralizar Francenildo serviu apenas para decretar a queda do último homem forte do governo Lula. Antes dele, José Dirceu e Luiz Gushiken já haviam perdido seus cargos devido ao envolvimento em acusações de corrupção.
Este é provavelmente o fim da carreira política do médico Antônio Palocci, que comandou a política econômica do governo Lula desde a campanha em 2002. Sem levar as críticas, inclusive de aliados, em consideração, Palocci manteve uma política econômica de juros altos que acabou por beneficiar os bancos em prejuízo dos trabalhadores, tão defendido durante a história de seu partido.
(texto enviado para a Folha de S. Paulo, com o objetivo de conseguir uma vaga oferecida no caderno Folha Ribeirão)
As acusações contra Palocci se tornaram incontornáveis (apesar das tentativas do governo) depois de o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, assumir a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa e afirmar que entrgou os documentos confidenciais diretamente à Palocci. Jorge Mattoso pediu demissão e deve ser indiciado pela Polícia Federal, assim como o ex-ministro.
Na tentativa de incriminar o caseiro, Palocci acabou provocando sua própria queda. O ex-ministro foi acusado por Francenildo de freqüentar uma casa, em Brasília, onde supostamente ocorria a formação de lobby com objetivo de beneficiar empreiteiras ligadas à prefeitura. O governo passou então a investigar o caseiro, na tentativa de acusá-lo de ter recebido dinheiro para depor contra o ainda ministro da Fazenda. A ação para desmoralizar Francenildo serviu apenas para decretar a queda do último homem forte do governo Lula. Antes dele, José Dirceu e Luiz Gushiken já haviam perdido seus cargos devido ao envolvimento em acusações de corrupção.
Este é provavelmente o fim da carreira política do médico Antônio Palocci, que comandou a política econômica do governo Lula desde a campanha em 2002. Sem levar as críticas, inclusive de aliados, em consideração, Palocci manteve uma política econômica de juros altos que acabou por beneficiar os bancos em prejuízo dos trabalhadores, tão defendido durante a história de seu partido.
(texto enviado para a Folha de S. Paulo, com o objetivo de conseguir uma vaga oferecida no caderno Folha Ribeirão)
27.3.06
Eu estava sentado na esquina da Paulista com a Peixoto Gomide, eram 6 e meia da tarde. As janelas do MASP refletiam a luz, que tinha um tom arroxeado, e me faziam lembrar do céu de Londrina. Á frente, um pequeno e antigo prédio me chamava a atenção. Gostaria de morar nele. Parecia que não morava ninguém, talvez estivesse condenado. Apenas uma luz suave na portaria demonstrava algum sinal de vida.
Em frente ao prédio, quando os carros paravam no semáforo, um homem saia correndo e colocava saquinhos de bala pendurados nos retrovisores. Ele percorria a distância precisa de 10 carros, deixando tempo suficiente para voltar e pegar de volta os saquinhos. Ou algum dinheiro, em média 1 pessoa por corrida comprava as balas.
Em frente ao prédio, quando os carros paravam no semáforo, um homem saia correndo e colocava saquinhos de bala pendurados nos retrovisores. Ele percorria a distância precisa de 10 carros, deixando tempo suficiente para voltar e pegar de volta os saquinhos. Ou algum dinheiro, em média 1 pessoa por corrida comprava as balas.
Assinar:
Postagens (Atom)